'AVEIRO EMPREENDEDOR' EM BALANÇO NA AIDA.

Os dinamizadores e responsáveis pelo projecto 'Aveiro Empreendedor' estão, esta tarde, a fazer um balanço a três anos de actividade, no decorrer de um seminário que enche o auditório da AIDA, feito para "avaliar resultados".

Associação Industrial do Distrito (AIDA), Universidade de Aveiro e a Câmara de Aveiro, são parceiros dinamizadores do projecto que "permitiu oferecer às comunidades muitas acções de promoção da criatividade, empreendedorismo e inovação", com 'respostas' dadas por empresários, empreendedores e estudantes.

O 'Aveiro Empreendedor' é financiado pelo QREN, no âmbito do Mais Centro-Programa Operacional Regional do Centro.

O Presidente da AIDA, Fernando Paiva Castro, diz-se optimista relativamente ao futuro, "até pelo exemplo de sustentabilidade e empreendedorismo dado pelo tecido empresarial aveirense", reforçando a 'ideia' de que a iniciativa privada deve continuar a assumir um papel empreendedor, "para contribuir para o aumento das exportações", sublinhando que a AIDA continuará a dar "estímulos para a criação de novas empresas". O tecido empresarial local caracteriza-se, em muitos casos, "por uma forte predominância de micro, pequenas e médias empresas, assentes em estruturas familiares focalizadas no mercado interno, com escassos capitais próprios e, muitas vezes, sobre-endividadas, com dificuldades para conquistarem novos mercados", assim, prometeu envolver estas empresas "num ambiente acolhedor, proporcionar-lhes politicas estáveis e ferramentas para se financiarem", disse.

Para Fernando Paiva Castro empreender, inovar e competir, "são factores decisivos para a mudança". "Combater a inércia e as rotinas, ambicionar a liderança, são factores determinantes para o sucesso. É necessário investir a vários níveis, apesar dos riscos. É necessária perseverança. A AIDA dispõe de serviços e técnicos que ajudam a todos os níveis para levar empresas ao sucesso", referiu.

Fomentar o empreendedorismo, apoiar a criação de novas empresas e tornar as PME's mais competitivas, são desafios de futuro.

Até agora, durante três anos, foram implementadas centenas de iniciativas "que contribuíram para alcançar e suplantar os objectivos deste projecto".

Para o futuro "ambicionamos mais desenvolvimento, uma região mais culta e qualificada, com mais emprego e mais inclusiva. Estimular o empreendedorismo e a inovação nas empresas, são factores determinantes, porque são elas que distribuem a riqueza sendo essenciais para a economia", vincou Fernando Paiva Castro.

Ribau Esteves, líder autárquico e Presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), defende projectos e politicas intermunicipais, visando a dinamização económica local. A 'lógica' passa por "olhar para o quadro de oportunidades que são os fundos comunitários 2014-2020 e estruturar projectos de desenvolvimento nas áreas do empreendedorismo", disse. Para a região de Aveiro "está assumida a área do empreendedorismo, como sendo prioritária à escala inter-municipal. Isso, para nós, é fundamental. A uma dimensão estritamente municipal não 'calha bem'. Estamos a trabalhar no desenvolvimento de politicas intermunicipais com a certeza que todos os municípios pensam assim, em acções e projectos em conjunto", referiu.

O programa "lançou os alicerces" para a dinamização da economia local, sublinhou Carlos Pascoal Neto, Vice-Reitor da Universidade de Aveiro. O programa proporcionou 490 acções que envolveram mais de 100 mil pessoas e impulsionou o lançamento de várias plataformas tecnológicas. Nos próximos dias será apresentada uma que é dedicada à bicicleta e à mobilidade. Avaliar o impacto do projecto na região e "despertar atitudes e comportamentos empreendedores na região", são os objectivos do projecto.

Estarão disponíveis cerca de 1,6 mil milhões de euros via FEDER e cerca de 445 milhões de euros do Fundo Social, reservando a região "quase metade do envelope financeiro (47,8 por cento) para a competitividade empresarial", disse Carlos Ferreira da Comissão de Coordenação da Região Centro (CCDRC). "As empresas podem candidatar-se aos programas operacionais temáticos e às verbas destinadas à eficiência energética", disse. (em actualização)


Diário de Aveiro


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