A Câmara de Aveiro não atribui especial relevo à decisão do Conselho de Ministros de incluir a Ria de Aveiro na Lista Nacional de Sítios e considera que o mais importante é "definir o modelo de gestão descentralizada e meios financeiros" para os Municípios poderem assumir as intervenções necessárias à qualificação.

A inclusão deste novo 'Sítio' na Lista Nacional de Sítios visa a protecção de espécies de peixes ameaçadas em Portugal, e no caso da Ria faz referência à lampreia “cuja conservação está dependente da conservação de áreas de desova e da sua conectividade com o mar”. Assegura, ainda, a protecção de habitats estuarinos que assumem na Ria de Aveiro uma expressão muito significativa.

Ribau Esteves salienta que sendo mais um mecanismo de valorização "não é o que vai decidir a manutenção dos habitats".

"É uma questão formal que pode incentivar quem o atribuiu a cuidar melhor da Ria. Estamos, sim, empenhados em conseguir uma gestão integrada da Ria liderada pelas entidades locais, nomeadamente pela CIRA. Usando os fundos comunitários pretendemos ter capacidade financeira para cuidar da Ria. Isso é que é relevante", disse na Terra Nova, Ribau Esteves, a comentar a integração da Ria de Aveiro na Lista Nacional de Sítios.