GAFANHA DA NAZARÉ: DANIEL VARETA CONCLUI VIAGEM DE BICICLETA DA SUIÇA ATÉ AO FESTIVAL DO BACALHAU.

Daniel Vareta pedalou 2200 kms entre a Suíça e a Gafanha da Nazaré e cumpriu o calendário definido para o seu projecto solidário de uma viagem de bicicleta. Entrou no Jardim Oudinot pouco depois das 20h.

“Dever cumprido. Extremamente satisfeito de cumprir a chegada com saúde e fisicamente bem. O momento mais difícil foi a lesão no joelho. Uma especialista disse-me para parar e aí senti alguma pressão. Cumpri o tratamento e o joelho recuperou”.

O percurso feito na Suíça, França, Espanha e Portugal figura já como experiência de vida. “É uma lição de vida. Em 10 dias passei por muita coisa que nunca tinha passado. Tudo parece impossível até que seja feito e estou feliz por isso”.

Nos sonhos existia o desejo de viajar pelo mundo mas o projecto que terminou este sábado ajudou a definir um rumo diferente. “Tinha a ideia de bater o recorde de dar a volta ao mundo em bicicleta mas não o vou fazer. Esta experiência mostrou que não será fácil”.

Com público nas ruas e no Jardim Oudinot, Daniel Vareta agradece a recepção. “A recepção foi boa, fui acarinhado por amigos e familiares. Foram parte importante a motivação. Agradeço à Bussola Partilhada pela ajuda e aos ciclistas que estiveram na etapa de Vilar Formoso até aqui”, revelava Daniel Vareta que chegou ao Oudinot na companhia do empresário de jogadores de futebol Ulisses Santos, o único que conseguiu cumprir a etapa da fronteira até à Gafanha da Nazaré.

Com o festival do bacalhau ali ao lado, o jovem garantiu que iria jantar um prato típico. “Na Guarda resisti a não comer bacalhau para comer aqui no festival. Vou a casa tomar banho e volto para o nosso tão saboroso bacalhau”.

Fernando Caçoilo, presidente da Câmara de Ílhavo, foi cumprimentar o emigrante que contou as agruras do mau tempo nos Alpes e nos Pirinéus mas que realçou os incentivos.

“Foi uma força extra. Queimei 110 mil calorias, o equivalente a 10 kgs de comida. Mentalmente foi exigente. Agradeço ao meu irmão o apoio durante a viagem. Foi o apoio logístico e mentalmente fazer isto sozinho seria destruidor. Nunca tive vontade de desistir. Dormia 5 horas por dia”.

“Parabéns pela conquista. Bem-vindo à nossa terra. Com umas boas postas de bacalhau isto vai lá”, declarou Fernando Caçoilo à chegada.


Diário de Aveiro


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