Os Deputados do PSD eleitos por Aveiro estão ao lado da Santa Casa da Misericórdia de Vale de Cambra (SCM) "na sua impaciência" enquanto aguarda a instalação da Unidade de Cuidados Continuados (UCCI) naquele Concelho. Após a publicação no Diário da República em 2011, diversas iniciativas têm sido tomadas, "mas a verdade é que a instalação ainda não aconteceu". Os parlamentares não compreendem o silêncio e a indiferença da Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) "perante este flagrante caso de injustiça, que tem anos de análise e discussão e onde o Estado já investiu milhões de euros". Couto dos Santos, Vice-Presidente da Comissão de Saúde da Assembleia da República manifesta a sua “indignação pelo atraso no arranque desta UCCI” e exige da ARSN “uma resposta urgente, porque se trata de um equipamento que corresponde aos anseios e necessidades das populações de Vale de Cambra e que o Governo reconheceu como necessário”. “Não compreendo que este investimento esteja parado por causa da burocracia da assinatura de um contrato de arrendamento. Não aceito que a burocracia se sobreponha a política”, atira Couto dos Santos, dizendo compreender a ansiedade dos dirigentes da instituição valecambrense e garantindo que tudo fará para “assegurar que o contrato é assinado, coroando todo o trabalho e todo o investimento já feitos e correspondendo a um anseio justo da população de Vale de Cambra”. O último desenvolvimento à volta da instalação da UCCI tem data de Abril deste ano, quando chegou a estar agendada uma reunião entre a SCM e ARSN, com vista à assinatura do contrato de arrendamento. A verdade é que o encontro não teve lugar, por desmarcação da ARSN, sem que tivesse sido indicada nova data para a assinatura do contrato definitivo. Desde 12 de Setembro de 2013, data da assinatura do contrato-promessa, na presença do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, a SCM de Vale de Cambra tem desenvolvido várias acções de formação teóricas e práticas para o pessoal técnico e auxiliar. Em simultâneo, prevendo o início do funcionamento, adquiriu diverso material e equipamento, nomeadamente televisores para todos os quartos e espaços comuns, roupa de cama com identificação da UCCI, fardamento para o pessoal, sinalética para identificação dos espaços, entre outros. A SCM queixa-se de, volvido "tanto tempo" desde Abril, ter tentado agendamento de nova data para a reunião com a ARSN, "sem sucesso". A instituição valecambrense diz não ter argumentos para informar os recursos humanos sobre a razão de tão prolongada espera, temendo o risco de ser obrigada a redefinir o quadro de pessoal existente para o efeito, perdendo verba já investida. Diário de Aveiro |