'OS PRODUTOS DO SECTOR AGRO-ALIMENTAR ESTÃO PARA PORTUGAL COMO A JOALHARIA ESTÁ PARA A SUÍÇA' - PAULO GOMES.

Os produtos do sector agro-alimentar "estão para Portugal como a joalharia está para a Suíça". O responsável de comunicação da empresa que promoveu o seminário “Gerir o Risco na Internacionalização – Foco no Produto Alimentar” retoma o discurso da Ministra da Agricultura para dizer que Portugal é rico em produtos, lembrando o slogan da exportação dos pastéis de nata do antigo Ministro da Economia Álvaro Santos Pereira.

Ouvido à margem do seminário de Ílhavo, Paulo Cruz Gomes diz que o Governante estava a indicar o caminho certo. "A certificação funciona como um passaporte para a exportação", disse na Terra Nova. Mas, nem tudo corre na perfeição. "Quando a especificação de um produto não é levada ao pormenor, quando chega ao destino, o importador levanta problemas dizendo que não era aquele produto que tinha comprado. Numa exportação para os EUA, onde a regulamentação é muito especifica, pode haver problemas com a retenção da mercadoria", são problemas que tem de ser combatidos. Não se trata apenas de certificação regular de produtos.

"O sector agro-alimentar está a crescer imenso em Portugal. Há uma forte tendência para a exportação. Em particular no sector agrícola, temos produtos de excelência, destinados ao consumo interno e externo", salientou.

Dinamizado pela SGS Portugal com o Apoio da Câmara de Ílhavo, o seminário acabou dirigido aos produtores primários, industriais, comerciantes e traders de produtos alimentares.

Num Concelho que tem o bacalhau como imagem de marca, o Presidente da Câmara admitiu que as empresas estão hoje mais apostadas em 'agarrar' os processos de internacionalização.

"O mercado interno consumia quase toda a produção de bacalhau. As empresas adquiriam outra dimensão e viraram-se para o mercado externo. O bacalhau é um produto que é transformado à maneira portuguesa e depois, é vendido lá fora, com muita aceitação", disse.

"É importante para todos que saibamos viver no 'mundo-global'. Temos de estar preparados para agir num mercado comercial completamente aberto. Temos de ser especialistas e empreendedores. A qualidade do produto deve, também, impor-se no mercado, naturalmente".

Os seminários têm como objectivo que é "partilhar informação relevante para os agentes económicos que pretendam exportar produtos alimentares, de forma a reduzir os riscos associados à internacionalização".


Diário de Aveiro


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