BORLIDO SA EM FRANCO REJUVENESCIMENTO

Sangalhos Borlido SA em franco rejuvenescimento Catarina Cerca Borlido SA (ex-Caves Borlido) é uma das mais conhecidas e prestigiadas empresas vitivinícolas do concelho de Anadia. Localizada em pleno coração da vila de Sangalhos, as transformações por que esta empresa passou nos últimos meses, não passam despercebidas A ninguém, indicando que se prepara para apostar fortemente na conquista de novas quotas de mercado. Investimentos fortíssimos nas áreas industrial e comercial e no verdadeiro “renascimento” da empresa. Integrada desde Outubro de 2000 no grupo vitivinícola português Portuvinus, SGPS, SA, a Borlido não esqueceu a sua origem, a Bairrada e, na última sexta-feira, dia 12, promoveu um jantar com prova de vinhos a clientes e à comunicação social. Um evento precedido de uma visita guiada às instalações, que sofreram uma remodelação profunda e pela abertura ao público de um novo espaço (loja) onde o público em geral pode adquirir a grande variedade de produtos que esta empresa produz e comercializa, agora com uma imagem renovada. Um espaço criado a pensar na melhoria do atendimento e integrado numa política de abertura, renovação e rejuvenescimento da Borlido. Caracterizada por ser uma média empresa, apostada fortemente na modernização, aliando a tradição à inovação, por forma a que, com uma variada gama de produtos de qualidade e prestígio, consiga satisfazer actuais clientes e conquistar novos segmentos de mercado, a Borlido, com mais de 70 anos de idade, faz hoje parte de uma grande família - Grupo Portuvinus, detentor de outras empresas do sector como a Companhia das Quintas, Vinícola de São Vicente e Vinidis, cada uma delas actuando em segmentos de mercado distintos. À comunicação social presente neste evento, António Tinoco, administrador-delegado da empresa, não deixou de sublinhar que “a Borlido está especializada na produção e comercialização de vinhos, espumantes, aguardentes e licores”, diferenciando-se da concorrência, muito graças à “sua capacidade de conjugar coerentemente conceitos inconciliáveis-inovação e tradição”, tendo actualmente como principais clientes as grandes superfícies, os grossistas e as garrafeiras. Quanto à remodelação das infra-estruturas, António Tinoco passou a explicar que a verdade é que “quem viu as Caves Borlido, há uns anos atrás e as vê hoje, não as conhece”. As obras, orçadas em mais de 350 mil contos, vieram dar um novo e atractivo visual à empresa. “Um investimento pesado”, admitiu, “mas necessário”, dado o avançado estado de degradação a que a empresa fora votada na última década. De resto, um investimento forte na readaptação da empresa às novas exigências de mercado e que conseguiu criar excelentes condições de trabalho aos 40 funcionários. Este responsável avançaria ainda que “quem não se modernizar não tem futuro e isso já se começa a sentir aqui na Bairrada”. Uma crise que parece passar ao lado desta empresa que acaba de lançar quatro vinhos tintos (Beiras, Douro, Alentejo e Estremadura) e que tem um consumidor alvo “exigente, crítico e informado”, enquadrando-se num perfil de consumidor que aprecia um vinho de qualidade a um preço competitivo. Apostada, no próximo ano, em facturar um milhão de contos, a facturação da Borlido para este ano aponta já para os 700 mil contos. Acrescente-se ainda que, em 2001, a Borlido produziu cerca de 2,5 milhões de garrafas, sendo um dos objectivos para este ano aumentar fortemente o volume de vendas, nos vinhos DOC’s (denominação de origem controlada), regionais e mono-varietais, mas também nos espumantes, onde o topo de gama é o Borlido Reserva e o Borlido Bairrada e nas aguardentes (categoria de grande prestígio e variedade) destacando-se a Aguardente Velhíssima e a Aguardente Palácio. Ciente de que o mercado não irá crescer, António Tinoco terminaria, acrescentando que “a Borlido está apostada em “crescer” por conquista de quota de mercado”, ou seja, “roubando” ao parceiro do lado quotas de mercado, através de vinhos de qualidade a preços acessíveis. Vinhos, que recentemente apresentam também uma nova rotulagem, mais moderna e dinâmica, tudo tendo em vista a satisfação dos clientes, ou seja “surpreender positivamente o consumidor apresentando-lhe produtos de qualidade acrescida a baixos preços de mercado”. (18 Jul / 9:54)
Diário de Aveiro


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