“Nunca tive intenção de matar ou mandar matar o meu genro, até porque é um ser humano e pai das minhas netas. Só queria que lhe dessem uma coça para lhe partirem os braços e as pernas e depois ser tratado no hospital”. Foi esta a versão apresentada, ontem, por uma cartomante que, juntamente com a filha, está a ser julgada por homicídio qualificado na forma tentada, em Santa Maria da Feira.
A arguida, de 58 anos, explicou que contratou dois homens somente para “dar uma lição” ao ex-marido da filha com o objectivo de pôr termo ao “inferno” que viveram durante nove anos. “Agredia-a e violava-a quase à minha frente, mas a gota de água foi quando entrou na minha casa a chamar-lhe nomes. Tentei defendê-la e não consegui, tive de chamar uma vizinha”, contou, acrescentando que a neta mais velha “pedia para dormir com os pais porque sabia que ele tinha uma navalha de ponta e mola debaixo da almofada”.
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