São cerca de dois milhões de toneladas de resíduos industriais que Portugal produz anualmente e cujo destino um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) quer transformar em cimento. A solução descoberta no CICECO - Aveiro Institute of Materials da UA pretende não só acabar com o problema ambiental que é a permanência em aterros dos lixos industriais que podem ter dezenas de milhares de anos de vida, como também valorizá-los como matéria-prima.
Entre os resíduos industriais cujos investigadores da academia aveirense descobriu forma de lhes dar uma segunda vida, estão os inorgânicos, como as cinzas produzidas pelas celuloses, os detritos das pedreiras e as lamas vermelhas tóxicas provenientes das fábricas de alumínio. “Os cimentos que alcançámos podem ser usados como os que já existem”, aponta João Labrincha, notando que o resultado alcançado é um cimento com “grau zero de toxicidade” tão eficaz como outro qualquer.
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