Duas semanas após a atribuição dos prémios da Wine – A Essência do Vinho, a Bairrada volta a estar de parabéns! Desta vez foi a Revista de Vinhos que distinguiu a região, ao atribuir o prémio de melhor ‘Organização Vitivinícola’ à Comissão Vitivinícola da Bairrada nos Prémios ‘Os Melhores do Ano 2014’. Um feito que em muito está a honrar os bairradinos, em especial os que se movem no mundo do vinho, ou não fossem estes os mais importantes prémios do setor.
Em noite de “Óscares do Vinho”, a Bairrada não se ficou por aqui: a região foi também aplaudida com a eleição de Osvaldo Amado como ‘Enólogo do Ano’. Global Wines, Adega Cooperativa de Cantanhede, Quinta dos Abibes e Quinta do Ortigão são os projetos bairradinos onde o sempre sorridente enólogo, com 29 anos de carreira, deixa a sua marca vínica.
A Bacalhôa Vinhos de Portugal foi eleita a ‘Empresa do Ano 2014’; embora sediada na Península de Setúbal, o seu “braço” bairradino – a Aliança – foi também um dos contributos para tal distinção.
Pedro Soares, presidente da CVB, falou e agradeceu em nome de todos os que trabalham na, para e em prol de uma Comissão como elemento agregador da região. Mostrou-se bastante lisonjeado e orgulhoso de tamanha distinção e agradeceu a todos os produtores que certificam vinhos DO e IG Bairrada. Contrariamente ao que muitos queriam crer há três anos atrás, quando Pedro Soares tomou posse, a Bairrada não está morta, antes pelo contrário, está bem viva e com responsabilidade acrescida.
CVB enfrenta desafios com entusiasmo e determinação. Nas páginas da Revista de Vinhos de fevereiro, dedicada a estes prémios, pode ler-se que “há um antes e um depois na história recente desta região. Este contraste, que mesmo para um observador distraído não passa despercebido, é tanto mais notável quanto nos lembramos daqueles que até há pouco eram considerados os grandes atavismos da Bairrada: uma região demasiado fechada em si mesma, gentes que faziam do individualismo exacerbado uma forma superior de afirmação, um pequeno território palco de rivalidades antanhas, a maior parte delas ininteligíveis a quem as observasse de fora.
A publicação destacou o facto de a CVB ter enfrentado com entusiasmo e determinação grandes desafios, sendo o “principal deles, a capacidade de agregar os seus produtores em torno de objetivos comuns”, mas também “o sinal dado para fora, de que era possível fazer mais e muito melhor. E o caminho fez-se caminhando. Promover os seus vinhos de uma forma dinâmica, abrir ao exterior, chamar jornalistas, compradores e líderes de opinião. Mas também levá-los lá fora, salientando as características que, num mercado global e cada vez mais diferenciado, estes vinhos se tornam únicos e distintivos. E, hoje, a Bairrada começa a ser vista como uma região renovada, que está a mexer sem trair a sua forte identidade. A estratégia lançada de assentar muito da promoção da Bairrada nos seus espumantes, em particular os produzidos a partir da Baga, tem-se revelado acertada, como comprovam os números mais recentes”.
Agradavelmente surpreso com o prémio, Osvaldo Amado, um apaixonado pela enologia, pela vinha e pelo vinho disse, na ocasião, que o mundo do vinho é contagiante e a vitamina que faz sair todos os dias de casa.
Prémios Excelência. Nos vinhos, foram três os Bairrada que subiram ao palco para levar para casa ‘Prémios de Excelência’: ‘Campolargo branco 2011’ (Manuel dos Santos Campolargo), ‘Luís Pato Vinha Barrosa tinto 2011’ (Luís Pato) e ‘Pai Abel branco 2012’ (Mário Sérgio Alves Nunes).
Ainda na listagem de ‘Melhores de Portugal’, a Revista de Vinhos premiou cinco espumantes, cinco brancos, um rosé e 11 tintos da Bairrada.
É importante também sustentar o trabalho desenvolvido com números. Numa das últimas notas de imprensa divulgadas pela CVB, constata-se que a certificação de vinhos, espumantes e tranquilos, com a designação DO Bairrada, aumentou 8% em 2014, prevendo-se um crescimento sustentado nos próximos anos. A Bairrada tem agora uma estratégia e um objetivo agregador com vista a continuar a brilhar no futuro.
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