“Sem lamentações estéreis”, muitas empresas portuguesas souberam “reinventar-se”, encetando, através do trilhar de novos caminhos – forte aposta na formação e inovação através da “investigação & desenvolvimento” -, uma “pequena revolução” que, nomeadamente ao criar emprego, permitiu ao país resistir à grave crise por que tem passado.
Cavaco Silva encerrou em Macieira de Cambra, no concelho de Vale de Cambra, o “Roteiro para uma Economia Dinâmica”, que, ao longo de quase dois anos, o levou a tomar contacto com a realidade de vários sectores económicos.
A oitava e final jornada realizou-se, ontem, pelo distrito de Aveiro e foi dedicada aos sectores da cerâmica e da metalomecânica.
“As cerca de três dezenas de empresas que visitei contribuíram para reforçar o perfil exportador da economia portuguesa”, salientou o Chefe de Estado.
Recordando que, nos últimos anos, não terá faltado quem tenha condenado “ao declínio” a indústria transformadora nacional, Cavaco Silva vincou a mudança de paradigma: “longe de perder os seus sectores mais tradicionais, como o calçado, o têxtil e vestuário, o mobiliário e as pedras ornamentais, cuja modernização e adaptação às novas realidades do mercado é inegável, [a indústria transformadora] renasceu e atravessa um momento de intensa renovação”, sublinhou.
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