QUERCUS DIZ QUE AUTARQUIAS FAZEM PODAS "ABUSIVAS E DESTRUIDORAS".

A Quercus manifesta-se contra “cortes e podas abusivas e destruidoras”. No tempo em que as autarquias executam as podas de centenas de árvores um pouco por todo o distrito de Aveiro a Quercus faz uma análise qualitativa para concluir que o trabalho é feito sem um conhecimento profundo. A poda de árvores é fundamental à obtenção de um crescimento regular e uniforme, assumindo um papel ?siológico fundamental no bom desenvolvimento da árvore. A boa qualidade dos cortes efetuados permite uma boa cicatrização e reduz a suscetibilidade a pragas e doenças.

“Os serviços camarários não podem ignorar que a rolagem, ou seja, o corte de ramos com diâmetro superior a 8 centímetros, é desaconselhado pelos técnicos de arboricultura, como forma de efetuar uma correta manutenção das árvores ornamentais. Entre outras consequências nefastas, esta prática reduz o valor patrimonial das árvores, diminui a sua longevidade e aumenta o risco de acidentes por originar pernadas com menor resistência”, adverte a Quercus.

Os ambientalistas não citam qualquer caso específico mas analisam de forma abrangente a época de podas. “Olhando para o que se passa, na atualidade, nas ruas de algumas cidades, a Quercus desconfia dos verdadeiros objetivos destas intervenções. Mais incompreensível ainda é o facto de as câmaras municipais e juntas de freguesia, ao mesmo tempo que permitem a delapidação do seu vasto património arbóreo, anunciem investimentos para tornar as suas cidades e vilas mais verdes e sustentáveis”.

A tomada de posição da Quercus não apresenta casos concretos mas surge poucos dias depois de uma polémica que estalou entre uma família residente na Gafanha da Nazaré e os serviços da Câmara de Ílhavo e da Junta de Freguesia que são acusados de abater uma árvore, no espaço público, que estava a degradar o passeio. A espécie, com 11 anos, teria valor sentimental para a família que a plantou por ocasião do nascimento de uma das filhas. Agora essa família afirma-se traída e promete exigir explicações.

 


Diário de Aveiro


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