CONSELHO EMPRESARIAL QUER CRIAR CAPITAL DE RIS

O Conselho Empresarial do Centro (CEC) está a trabalhar na constituição de uma empresa de capital de risco para apoiar exclusivamente iniciativas empresariais no Centro do País, disse à Lusa Almeida Henriques, presidente daquela estrutura. O CEC, que é uma união de associações empresariais e simultaneamente Câmara de Comércio e Indústria do Centro, envolve cerca de quatro dezenas de estruturas associativas dos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu. António Almeida Henriques, em entrevista ao jornal Prime Negócios, na edição deste mês, revelou que a futura capital de risco resultará de uma parceria entre investidores privados, da região Centro e do Estado, que repartirão equitativamente o capital e o esforço de financiamento. "O CEC está a negociar como o Ministério dos Assuntos Económicos uma participação, sendo certo que o fundo maioritário será sempre privado", disse à Lusa Almeida Henriques, escusando-se, contudo, a avançar com o valor previsto para o capital social inicial. "Ao contrário das outras sociedades deste género, pretende-se criar uma capital de risco de proximidade, ligada ao desenvolvimento regional", especificou. Para alcançar este objectivo, e depois de iniciar o projecto da constituição da capital de risco com o Banco de Portugal, "está previsto um road-show pelos seis distritos da região Centro para angariar investidores privados", adiantou o mesmo responsável. O processo de constituição deverá demorar cerca de um ano, disse o presidente do CEC, sendo pois provável que a empresa de capital de risco deverá entrar em pleno funcionamento no final de 2005. Além deste projecto, o CEC pretende também "criar uma estrutura (que poderá ou não ser uma empresa) para construir e gerir parques industriais", disse Almeida Henriques, que também aponta o prazo de um ano para colocar este projecto em andamento. A ideia, que é entendida pelo CEC como um projecto-âncora, visa "criar um instrumento que potencie e valorize o investimento na região Centro, além da mera componente de negócio que prevalece noutros casos", disse o dirigente, na entrevista ao Prime Negócios. Até ao final do seu mandato, dentro de dois anos, Almeida Henriques quer ainda implementar um sistema de certificação da rede de apoio empresarial do CEC, que neste momento integra vinte Gabinetes de Dinamização Empresarial. O dirigente acredita que "a certificação permitirá uma mais ampla delegação de competências da Câmara de Comércio e Indústria e viabilizará um novo modelo de criação de empresas e da emissão de certificados de origem, entre outras vantagens".
Diário de Aveiro


Portal d'Aveiro - www.aveiro.co.pt