A ADERAV manifesta “regozijo” pela forma como foi efetuada a reabilitação das fachadas do conjunto arquitetónico classificado na Avenida Dr. Lourenço Peixinho. “Esta intervenção representa mais um passo para a valorização do espaço nobre que a Avenida Dr. Lourenço Peixinho já foi e que desejamos volte a ser, no que diz respeito à vida económica, social e cultural da cidade de Aveiro”.
O pedido de classificação deste conjunto foi iniciado pela ADERAV no ano de 1997, com a entrega do processo de instrução ao então IPPAR (Instituto Português do Património Arquitetónico e Arqueológico). Mais concretamente, no dia 15 de Outubro de 1997 foi proposta a classificação do edifício da Pastelaria Avenida e no dia 16 de Outubro do mesmo ano, a classificação dos edifícios da Ourivesaria Matias e Casa Paris.
Embora o pedido de classificação tenha sido feito para edifícios independentes, a Direção Regional de Cultura do Centro propõe, a 23 de Outubro de 1997, a abertura do processo de classificação do Conjunto arquitetónico constituído pelos 3 edifícios.
A 4 de Fevereiro de 1998 é emitido o despacho de abertura do processo, pelo Vice-Presidente do IPPAR. No dia 22 de Novembro de 1999, o Conselho Consultivo do IPPAR propõe a Classificação como Imóvel de Interesse Público. A 7 de Maio de 2003 o mesmo Conselho emite novo parecer, reiterando a proposta de classificação como IIP, e, no dia 26 desse mês, o Ministro da Cultura, Pedro Roseta, assina o despacho de homologação. Não obstante, somente no dia 21 de Janeiro de 2014, o Secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, assina a portaria que define os termos da classificação, tornando-a efetiva.
“A ADERAV felicita os promotores privados que levaram a cabo esta intervenção, respeitando a traça antiga e os materiais e métodos construtivos tradicionais. Congratula-se também pela instalação de uma nova unidade comercial, que permitiu reabilitar o espaço da antiga Ourivesaria Matias & Irmão, dignificando o local e requalificando a parcela urbana até ao canal do Cojo, reabilitando em simultâneo o comércio tradicional, e, desta forma, vivificando este espaço urbano de excelência que constitui a Avenida Lourenço Peixinho”.
A associação dedicada à defesa do património natural e cultural acredita que esta iniciativa irá ter continuidade noutros locais “promovendo a preservação, valorização e reabilitação da malha urbana, mantendo a integridade e originalidade dos bens patrimoniais que possuímos, sejam ou não classificados”.
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