AMO PORTUGAL INICIA AÇÃO DE REFLORESTAÇÃO.

A Associação Mãos à Obra Portugal (AMO Portugal) inicia, este sábado, mais uma ação de reflorestação que se prolongará até 27 de Novembro em todo o país. Este é um mês considerado propício à plantação de árvores de espécies autóctones. A 23 de novembro celebra-se, na Península Ibérica, o Dia da Floresta Autóctone.

A associação destaca a importância da floresta Autóctone (carvalhos, sobreiros, azinheiras, castanheiros, medronheiros, azereiros, loureiros e azevinhos, entre outras espécies) e lembra que são as “mais adaptadas às condições edafoclimáticas do território, sendo mais resistentes a pragas, doenças e a períodos longos de estio e chuvas intensas, em comparação com as espécies introduzidas”.

A organização desafia a população a participar nas atividades de sensibilização ambiental desde plantação, recolha de sementes, identificação de árvores ou até mesmo passeios botânicos.

A coordenadora distrital de Aveiro, Susana Vilas Boas, admite que os cidadãos não podem deixar a tarefa apenas nas mãos do Estado. “Mas a realidade, é que o Estado português investe pouco nestas suas obrigações e desresponsabiliza-se com facilidade das mesmas. E, infelizmente, na área do ambiente as diretivas são dadas sobretudo pelo poder Central Europeu, que na maior parte das vezes, não são dos interesses dos portugueses”.

Numa fase de debate em torno do eucalipto na mancha florestal portuguesa e sobre os cuidados a ter com a floresta, a coordenadora da AMO na região assume que o país tem que ser mais exigente.

“A título de exemplo, podemos mencionar a plantação de eucaliptos para a produção da pasta do papel. Que como temos testemunhado, nas últimas décadas, maximiza o risco de incêndios florestais. Ou a desresponsabilização na reorganização e na limpeza da área florestal, sendo hoje essa responsabilidade atribuída aos proprietários dos terrenos, que são na sua generalidade, pessoas idosas que trabalharam uma vida na agricultura e/ou na pecuária, logo, pessoas com reformas muito baixas e sem força de braços para cuidar e limpar os seus terrenos.

 


Diário de Aveiro


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