SINDICATOS ATENTOS AO AUMENTO DOS RITMOS DE TRABALHO NO SETOR AUTOMÓVEL EM CACIA.

Três federações sindicais (Fiequimetal-CGTP-IN, FTM-CGT e CCOO INDUSTRIA) estiveram representadas no contacto com trabalhadores da Renault Cacia e revelam preocupação pelo aumento dos ritmos de trabalho no setor automóvel.

A ideia passava por conhecer as condições de trabalho na indústria e, dessa forma, poder melhorar as ações em defesa dos interesses dos trabalhadores mas os representantes sindicais ficaram à porta.

O objetivo passava por “analisar as condições e as relações de trabalho de um sector sujeito a mudanças e reestruturações que necessitam de uma constante regulação das práticas de direito e do respeito pelos direitos dos trabalhadores”.

Os sindicatos lamentam que neste encontro dirigido para conhecer as condições de trabalho não tenha sido possível ouvir os trabalhadores da Renault Cacia no interior da Fábrica.

Os ritmos de trabalho surgem como um dos focos de preocupação. “A nossa convicção comum é a de que com o trabalho coletivo em defesa dos interesses dos trabalhadores, é possível que as empresas equilibrem e melhorem a sua competitividade com a participação e envolvimento dos representantes sindicais e dos trabalhadores”.

Atendendo ao histórico recente de braço de ferro na Autoeuropa, em Palmela, admite-se que estes movimentos em Cacia possam significar agitação laboral a médio-prazo. Os trabalhadores do setor automóvel afirmam dificuldade em compatibilizar a vida familiar e laboral e a necessidade de mão de obra aos fins-de-semana pode agravar o quadro de luta.

 


Diário de Aveiro


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