Estarreja homenageia Joaquim Lagoeiro, esta quinta, na data do nascimento do autor, através dea exposição “Homem das Palavras” patente na Biblioteca Municipal e com o lançamento do livro “Português sem Mestre III”.
Esta iniciativa tem como objetivo reconhecer e celebrar o contributo do escritor para a cultura do município e do país, e foi desenhada em estreita colaboração com a sua filha, Dulce Pereira, e amigos mais próximos do autor. Contou, também, com o apoio da Junta de Freguesia de Beduído e Veiros.
Joaquim Lagoeiro foi Medalha de Mérito do Município em 2006.
Esta quinta, às 11h, está prevista uma romagem ao Cemitério de Veiros. Mais tarde, às 17h00, será inaugurada na Biblioteca Municipal a exposição “Homem das Palavras”, com um conjunto de objetos pessoais que exemplificam um pouco do que foi a sua vida, enquanto homem e escritor.
A esta hora ainda haverá uma atuação de um quarteto de saxofones da Orquestra Ligeira do Clube Cultural e Desportivo de Veiros.
Já o lançamento do livro “Português sem Mestre III” do escritor, de seu nome próprio Joaquim Henriques Pereira, que nasceu nas terras marinhoas de Estarreja, onde passou a infância e a juventude, está agendado para às 18h00, também na Biblioteca Municipal.
O evento conta com a presença da filha do escritor, Dulce Pereira.
Com obras como "Viúvas de Vivos", "Madre Antiga" e "Milagre em S. Bartolomeu", construiu o que chamou "Tríptico da Terra".
Reformado e residente em Lisboa, mas nunca esquecendo a sua terra, muito pelo contrário, vinha sempre que podia e, sobretudo, mantinha contínua relação escrita com os periódicos locais. Da estadia na capital surgiram, "Mosca na Vidraça", "Manto Diáfano", "As Castigadas", “Os Fraldas”, “Corda Bamba”, “Santos Pecadores”, “Almas Danadas”, “O Poço”, “Cafarnaum”, “Mar Vivo”, “Caiu um Santo do Altar”, “A Congosta”, “Ramilhete Espiritual de Estórias Profanas”, “Manual de Casos de Consciência”, “Flor de Sal – Sonetos de Amor e Escárnio”, “Uma Lágrima do Céu”, “Desconstrução”, entre outras.
De referir, que entre outros, recebeu elogios de Julião Quintinha, Artur Portela, Tomás de Figueiredo e Urbano Tavares Rodrigues, que consideram Joaquim Lagoeiro um dos grandes valores do romance Português da segunda metade do séc. XX.
Durante o mês de outubro serão distribuídas obras do autor aos alunos do ensino secundário dos concelhos de Estarreja e Murtosa. E em Novembro, dia 9, às 21h, realiza-se na Casa Museu Custódio Prato (Bunheiro), a tertúlia “Gentes da Nossa Terra” sobre Joaquim Lagoreiro.
Diário de Aveiro |