ILDA FIGUEIREDO (CDU) DEIXA ESTRASBURGO EM CASO DE ELEIÇÃO POR AVEIRO

A eurodeputada e cabeça de lista da CDU por Aveiro, Ilda Figueiredo, assegurou que, caso seja eleita nas legislativas, abandonará o Parlamento Europeu para assumir o seu mandato na Assembleia da República.

Falando aos jornalistas em Espinho, no final de uma arruada, Ilda Figueiredo justificou a saída do Parlamento Europeu em caso de eleição para a Assembleia da República considerando "fundamental que haja um deputado da CDU que faça uma estreita ligação entre o distrito de Aveiro e a Assembleia da República".

"O distrito de Aveiro tem problemas graves, como o desemprego e é necessário um deputado da CDU que faça chegar estas questões ao Parlamento", disse, acrescentando que se vive na região "uma situação em que tudo é possível" quanto à reconquista do deputado perdido há 17 anos.

Na arruada, com dezenas de apoiantes da CDU, Jerónimo de Sousa distribuiu beijos e abraços pelos populares, no centro de Espinho, mostrando-se cada vez mais à-vontade neste tipo de iniciativas.

Na ocasião, foi abordado por um ex-combatente, que fez críticas do líder do CDS-PP e cabeça de lista por este partido em Aveiro, Paulo Portas, a propósito do valor das pensões para os ex-militares no antigo Ultramar.

"Sentimo-nos defraudados. Paulo Portas disse que cada ex-combatente receberia uma média de 150 euros, e eu tenho colegas que receberam 37 euros", disse José Cadete Joaquim.

Esta interpelação foi depois aproveitada por apoiantes da CDU para criticar Paulo Portas por não aparecer "no meio do povo, nas ruas do distrito, a fazer campanha. Tem medo de ser surpreendido por alguém que o ponha em causa".

Mais à frente, uma trabalhadora que encontra "resposta para todos os problemas na CDU" fez uma verdadeira "intervenção política" assim que sentiu sobre si os projectores das câmaras de televisão.

Mais uns passos, e do outro lado da rua, um comerciante, ao cumprimentar o líder comunista "disparou":

"O que eu queria era que os políticos se reformassem aos 65 ou 70 anos, como nós. São uns cidadãos como nós".

Novo aperto de mão, palmada no ombro e, seguindo o grupo de gaiteiros "Os três unidos", de Coimbra, Jerónimo de Sousa dirigiu-se a um café, onde, como qualquer outro cliente, entrou, sentou-se e pediu.

Depois de um breve descanso, foi dada por terminada a acção que antecede o comício da noite, em Espinho.
Diário de Aveiro



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