Raul Martins fala em “coragem política” para mexer no Rossio e diz que Ribau Esteves demonstra essa coragem quando podia disfarçar uma intervenção sem se preocupar com a contestação.
O dirigente do PS defende que é contra a balcanização da política em que tudo o que é feito por adversários é mau e tudo o que é da cor da bandeira de cada um é bom.
Admite que Aveiro exige capacidade realizadora por ter passado alguns anos sem investimentos e que o atual autarca é um homem que demonstra essa capacidade (com áudio)
No caso concreto do estudo prévio do Rossio continua a fazer defesa do estacionamento subterrâneo e até gostava de ir mais longe colocando dois pisos na estrutura para permitir a retirada de autocarros da superfície e com isso instalar todos os serviços(sanitários, recolha de lixo e estação de bombagem) longe do olhar dos cidadãos.
Dá nota positiva à evolução do estudo e elogia a abertura do gabinete de arquitetura para fazer evoluir a solução apresentada. Dos contributos dados, afirma satisfação por ver que algumas das suas ideias têm feito “escola”.
“Quando os poderes autárquicos marram ninguém os tira daquilo e o gabinete ARX tem aceite algumas coisas. A auto-estrada que tinham na rua João Mendonça desapareceu. Foi um pedido que eu fiz. O Rossio não é para ter carros. É fácil. É meter esses lugares onde não estorvem que é debaixo do chão”.
O debate sobre o Rossio é apenas uma das marcas de um diálogo complexo entre a sociedade aveirenses e o atual presidente da Câmara.
Raul Martins aponta a comunicação como uma das dificuldades da relação entre Ribau Esteves e as elites aveirenses. O estilo mais impositivo não agrada aos cidadãos.
Outra das análises é dirigida à aposta intermunicipal. Nota no ar algum distanciamento entre os autarcas de Aveiro e Ílhavo e diz que isso penaliza dossiês que deveriam ser muito mais trabalhados em conjunto.
A questão dos transportes é um das que vê como decisiva nas relações intermunicipais mas salienta que essa cooperação não se esgota aí (com áudio).
A entrevista de Raul Martins ao programa “Conversas” abordou ainda a situação interna no PS.
Solidário com o líder da concelhia, Manuel Sousa, o histórico socialista diz que nota no partido taticismo político de quem procura posicionar-se para novos ciclos.
Salienta que o presidente da concelhia é um homem leal que tem dado a cara pelo partido numa fase difícil enquanto outros se escondem (com áudio)
O programa Conversas está disponível em podcast e tem reposição no domingo às 11h em 105FM.
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