Aveiro diz que Zeca Afonso não está esquecido e promete alicerçar a candidatura a capital europeia da cultura no cantautor.
No dia em que se assinalaram os 90 anos do nascimento do cantor de intervenção em Aveiro, a estação da CP viu ser inaugurado um mural, um retrato em madeira africana assinado pelo artista vareiro Marcos Muge.
Trata-se de uma presença temporária naquele espaço frequentado diariamente por milhares de pessoas.
Zeca Afonso nasceu em Aveiro a 2 de Agosto de 1929 e a carreira do poeta, compositor e músico confundiu-se com a intervenção em defesa do Portugal democrático na luta contra o Estado Novo.
De Aveiro surgem as críticas à falta de uma presença mais efetiva na cena cultural e com maior interesse pela vida e obra de Zeca Afonso, mais associado aos tempos de Coimbra.
O núcleo regional de Aveiro da Associação José Afonso chega mesmo a admitir que o músico foi "abandonado pela cidade" onde nasceu.
E no momento em que o país debate uma petição para declarar a obra de José Afonso de interesse nacional com a Ministra da Cultura a apelar à entrega de originais, Aveiro diz que a candidatura a capital europeia da cultura vai marcar uma viragem na relação com a figura de Zeca.
Ribau Esteves, autarca de Aveiro, explica que a partir de 2020 essa presença será mais notada, não será episódica, e alicerça os valores da democracia (com áudio)
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