Face ao grande período de seca em que se registam baixos teores de humidade ao nível dos combustíveis e da manta morta, devido à reduzida precipitação que se tem verificado, a Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Oliveira do Bairro alerta para o risco de deflagração de fogo, proibindo a realização de queimadas. Proibição Assim, a realização de queimadas, ou seja, o usos do fogo para renovação de pastagens, está interdita e, assim, continuará enquanto o risco de incêndio se mantiver elevado, sendo a sua realização passível de aplicação de coimas que poderão ir dos 100 aos 44.500 euros. O uso do fogo para eliminar os sobrantes da exploração, cortados e amontoados, só deverá ser efectuado, se for acompanhado de cuidados especiais de prevenção. Já o uso de foguetes e de quaisquer outras formas de fogo em espaços rurais fica condicionada à presença de bombeiros. Identificação Segundo a Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais (APIF), nas manchas florestais de reconhecido valor económico e ecológico não é permitido desenvolver quaisquer acções a não ser aquelas que estejam relacionadas com a actividade florestal agrícola, mas desde que não se proceda à execução de trabalhos que envolvam a utilização de maquinaria susceptível de provocar faíscas ou faúlhas. Ainda segundo a APIF, as pessoas que circulem no interior das zonas críticas ou de áreas submetidas a regime florestal e nas áreas sob gestão do Estado e nos caminhos florestais, rurais e outras vias que as atravessam ou delimitam, estão obrigadas a identificar-se perante as entidades com competência em matéria de fiscalização. Plano de defesa aprovado em Águeda Entretanto, em Águeda, a comissão municipal de defesa da floresta contra incêndios de Águeda aprovou, na penúltima quarta-feira, o plano de defesa para 2005, que contempla a abertura de novos caminhos e a melhoria da rede de vigilância. O Plano Municipal de Defesa da Floresta para 2005 foi aprovado durante um encontro que decorreu na Câmara de Águeda e em que participaram autarcas, forças de segurança, bombeiros, produtores e representantes do núcleo de protecção florestal da Beira Litoral da Direcção Geral dos Recursos Florestais. Na reunião foi decidido solicitar o alargamento do prazo de funcionamento dos Postos de Vigia fixos e dado conhecimento da contratação de um engenheiro florestal para o Gabinete Técnico Florestal da Câmara de Águeda. Na reunião, a comissão decidiu ainda fazer chegar à população um conjunto de recomendações sobre a realização de fogueiras, nomeadamente a escolha de locais abrigados do vento, com abertura de uma faixa de segurança em redor, de modo a evitar a propagação do fogo.
Pedro Fontes da Costa pedro@jb.pt Cuidados especiais na queima de sobrantes e na realização de fogueiras Antes - Escolha um local abrigado do vento; abra uma faixa de segurança em redor dos sobrantes a queimar, com largura nunca inferior ao dobro do perímetro ocupado pelos sobrantes e até ao solo mineral, de modo a evitar a propagação do fogo aos combustíveis adjacentes; coloque terra junto ao local para utilizar sobre a queima se as condições de segurança se alterarem, e realiza a queimada de manhã cedo de modo a terminar antes das 11 horas, (avise os bombeiros através do 117 - chamada gratuita). Durante - Queime os sobrantes em pequenas quantidades e de modo faseado; acompanhe sempre a queima a uma distância que permita evitar situações perigosas; mantenha as ferramentas (enxadas ou pá) próximas do local da queima; interrompa a queima sempre que se verifique que as condições meteorológicas (vento) ou as medidas tomadas não lhe garanta total segurança, e alerte de imediato as autoridades se perde o controlo da queima. Depois - Certifique-se que a faixa de segurança efectuada em redor da queima ficou perfeitamente limpa de materiais combustíveis; coloque terra sobre os materiais queimados e, se possível, utilize água sobre a terra, e antes de abandonar o local inspeccione a área adjacente à queima.Diário de Aveiro |