Um trabalho sobre o núcleo piscatório da Fuzeta, assinado por Mafalda Pacheco, venceu 4.ª edição do “Prémio Octávio Lixa Filgueiras, lançado pelo Museu Marítimo de Ílhavo.
“Fuzeta – um núcleo urbano piscatório singular”, trabalho académico de autoria da doutorada em Arquitetura pelo Técnico Lisboa, da Universidade de Lisboa, venceu a 4.ª edição do “Prémio de Estudos em Cultura do Mar Octávio Lixa Filgueiras” do Museu Marítimo de Ílhavo.
O júri, ao qual pertenceram os Professores Eric Rieth (Sorbonne, Paris I), Inês Amorim (FLUP), Miguel Filgueiras (filho do Arquiteto Octávio Lixa Filgueiras) e Álvaro Garrido (FEUC), considerou o trabalho “consistente e equilibrado, bem documentado e redigido, tratando-se de um contributo para a salvaguarda do conhecimento da história urbana, com uma aproximação aos inquéritos à arquitetura regional e popular portuguesa”.
Acresce ainda que o trabalho elegeu uma comunidade considerada “relevante no contexto algarvio” cujo conhecimento é ampliado numa perspetiva multidisciplinar.
O “Prémio Octávio Lixa Filgueiras”, promovido pela Câmara Municipal de Ílhavo através do Museu Marítimo, foi instituído em 2012 com o objetivo de evocar e divulgar a obra e memória do Professor Arquiteto Octávio Lixa Filgueiras, um dos mais reconhecidos investigadores portugueses em temas de Cultura do Mar
Com um valor monetário de 2.500 euros, a iniciativa promove e distingue autores de dissertações académicas ou trabalhos de investigação inéditos e realizados no âmbito da cultura marítima-fluvial, nomeadamente nas áreas da História Marítima, Arquitetura Naval, Antropologia Marítima, Arqueologia Subaquática, Patrimónios Marítimos e Museologia.
Com este projeto, o Museu Marítimo de Ílhavo reforça o seu papel enquanto instituição museológica, divulgando e valorizando o Fundo Especial Octávio Lixa Filgueiras, um espólio documental do investigador que foi doado e incorporado, em 2012, em regime de doação a título definitivo, composto por cerca de 6 mil títulos bibliográficos de diversas áreas científico-culturais, centenas de manuscritos e dezenas de planos e fotografias de embarcações tradicionais portuguesas.
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