A Associação Industrial de Águeda (AIA), em carta enviada ao ministro da Economia, Manuel Pinho, acusa a EDP de “contribuir para a perda de competitividade da indústria", sugerindo, face aos resultados alcançados pela operadora eléctrica, "o congelamento dos preços da energia". No ofício enviado, a que o JB teve acesso, os industriais afirmam que "estranhamente, a liberalização do mercado eléctrico e a consequente entrada de novos distribuidores poucas ou nenhumas vantagens trouxe para as pequenas e médias empresas industriais (PME’s)". A AIA, através do seu presidente, Ricardo Abrantes, apela ainda ao ministro que “tome medidas urgentes que visem a redução da factura eléctrica na indústria”, sugerindo “o congelamento imediato dos preços da electricidade para o corrente ano, para fomentar acréscimos de competitividade”. Ricardo Abrantes sublinha, a propósito, que a EDP, perante os resultados económicos que “são conhecidos, tem todas as condições para congelar os preços”, ressalvando que “foi com grande satisfação que recebemos a intenção manifestada pelo Ministério da Economia em limitar os futuros aumentos da electricidade”. Recorda, entretanto, que “os preços da energia eléctrica em Portugal são dos mais elevados da União Europeia. É que a energia tem um peso muito grande na estrutura de custos das PME`s industriais, razão pela qual os aumentos da energia contribuem directamente para a perda de competitividade das nossas exportações”. Assim, Ricardo Abrantes acrescenta que “a EDP tem contribuído decisivamente para a perda de competitividade da nossa indústria, e a prática de elevadas tarifas tem permitido a EDP engrandecer, de uma forma significativa, em detrimento do interesse público que advém do papel estratégico que desempenha na economia”. Pedro Fontes da Costa pedro@jb.pt Diário de Aveiro |