O Secretário de Estado da Cultura, Vieira de Carvalho, visitou, na penúltima quarta-feira, a d’Orfeu - Associação Cultural, no âmbito de um périplo que fez pelas entidades apoiadas com protocolos, sustentados pelo Ministério da Cultura, cujo mapa nacional inclui Águeda pela acção desta associação. “Associação desespera” A visita, que decorreu na companhia do delegado da Cultura da Região Centro, António Pedro Pita, permitiu ao governante tomar contacto com a realidade actual da associação e o impacto que tem o apoio estatal na estrutura da d’Orfeu. Governante, autarcas e responsáveis da d’Orfeu sentaram-se à mesma mesa, no final da visita, e chegaram à conclusão da necessidade de procederam à revisão do protocolo de apoio efectuado entre a d’Orfeu e o Ministério da Cultura, que está em vigência até 2008. Enquanto a “associação desespera” pela revisão imediata através de um parecer de uma comissão de acompanhamento, que o Delegado Regional afirmou poder acontecer, no prazo de dois meses, o secretário de Estado remeteu a hipótese dessa revisão acontecer durante a próxima reformulação legislativa dos apoios às artes. Segundo Pedro Lemos, actual presidente da d’Orfeu, “indiferente à flutuante eficácia das políticas culturais, a d’Orfeu prossegue adiante a missão cultural enquanto estrutura eclética de formação, criação e programação cultural, cujo percurso carrega futuros”. Já Gil Nadais, presidente da Câmara Municipal de Águeda, disse ao secretário de Estado da Cultura que “a D’Orfeu tem um trabalho de grande qualidade, mas que começa a ficar comprometido por falta de instalações”. “As actuais instalações vão dar lugar à ampliação do tribunal, no entanto, já estamos a estudar soluções para resolver a situação desta associação”, acrescentou o edil aguedense. Por sua vez, o antigo dirigente da associação Paulo Seara explicou ao secretário de Estado que “todos os apoios dados à associação tem sido devidamente investidos”, acrescentando que “ao contrário de muitos, nós gostaríamos de ser fiscalizados para verem o que nós fazemos com o dinheiro. Gostaríamos que vissem a forma como rentabilizamos os apoios concedidos”. Recorde-se que a d’Orfeu, associação cultural de Águeda, se juntou ao grupo restrito de entidades que viram o seu trabalho reconhecido pelo Governo como de "superior interesse cultural".Diário de Aveiro |