DEZ BANCOS ALIMENTARES CONTRA A FOME DISTRIBUÍRAM UM TOTAL DE 17.704 TONELADAS

O Banco Alimentar Contra a Fome, que este fim-de-semana realizou uma campanha de recolha, distribui diariamente 71 toneladas de alimentos a 216 mil crianças, idosos e famílias necessitadas de todo o país.

Em 2005, os dez Bancos Alimentares Contra a Fome distribuíram um total de 17.704 toneladas de alimentos (equivalentes a um valor global estimado superior a 25,1 milhões de euros), correspondentes a 71 toneladas por dia.

No passado fim-de-semana foram recolhidas em 591 superfícies comerciais das zonas de Abrantes, Aveiro, Coimbra, Évora, Lisboa, Porto, Setúbal, Cova da Beira, Leiria-Fátima e S.Miguel e Caldas da Rainha/Óbidos um total de 1.135 toneladas de géneros alimentícios, um aumento de 130 toneladas face a idêntico período de 2005.

Segundo Isabel Jonet, a campanha, cujo lema foi "Ao longo do ano o Banco Alimentar ajuda a pôr um prato na mesa de quem mais precisa", teve uma grande adesão tanto por parte do público como dos voluntários que quiseram colaborar.

Uma equipa de cerca de 12 mil voluntários recebeu, transportou e armazenou os géneros alimentares recolhidos, que começaram a ser distribuídos por um total de 1.173 instituições de Solidariedade Social a mais de 216 mil pessoas com carências alimentares comprovadas.

Massas, arroz, leite e enlatados foram os alimentos mais recolhidos nesta campanha que pedia também cereais, bolachas, açúcar, leguminosas e azeite, este último classificado pela responsável como "muito necessário".

Os alimentos perecíveis começam hoje a ser distribuídos às 200.000 pessoas abrangidas pela acção do Banco Alimentar, enquanto a distribuição dos restantes alimentos só tem início terça-feira.

Por contabilizar estão as ofertas em vales, introduzidas este ano nas superfícies comerciais com menores dimensões e que se prolongará ainda durante mais uma semana.

Esta nova modalidade foi testada em cerca de 175 estabelecimentos em Lisboa, Setúbal, Leiria-Fátima e Caldas da Rainha, onde muitos dos cupões-vale já esgotaram.

A actividade dos Bancos Alimentares Contra a Fome prolonga-se ao longo do ano.

Além das duas campanhas anuais de recolha de alimentos em grandes superfícies comerciais - a primeira em Maio e a segunda em Novembro - os Bancos Alimentares recebem doações regulares de alimentos efectuadas por empresas.

Estes alimentos doados correspondem, em regra, a excedentes de produção dos sectores agrícola, industrial e comercial ligados ao ramo alimentar que, de outro modo, teriam como destino a destruição.

A actividade dos bancos norteia-se pelo princípio genérico da "recolha local, ajuda local" aproximando os dadores dos beneficiários e permitindo uma proximidade entre quem dá e quem recebe.
Diário de Aveiro



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