No próximo sábado, dia 27, a Filarmónica União de Oliveira do Bairro (FUOB), vai promover uma Conferência/Debate sobre “O Movimento Associativo em Portugal - Que futuro?”, cujos trabalhos, que terão início às 15.00 horas, no Salão Nobre da Câmara Municipal, serão encerrados pelo Secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias. Graças à carolice de muitos Miguel Ramiro, presidente da FUOB, justifica esta acção, num tempo em que as associação estão a viver à base de certos “carolas”, afirmando que “Oliveira do Bairro tem que continuar a sentir a necessidade de promover iniciativas de âmbito nacional”, porque “temos que alargar os nosso horizontes”, mostrando-se, ao mesmo tempo convicto de que a Filarmónica União Oliveira do Bairro “pode dar, através desta iniciativa, um contributo positivo para o fortalecimento do movimento associativo em Portugal, no concelho e região”. Para que alguns frutos surjam, deixa mesmo um apelo: “devemos aderir à iniciativa e nela participar, empenhadamente, porque “pode ser um ponto de partida para as associações do concelho tomarem conhecimento da realidade e partirem para algumas soluções”. “Ouvimos comentários de café, mas que não resolvem as situações”, comentou Miguel Ramiro, que se mostra preocupado com a situação de muitas associações que vão sobrevivendo à custa da carolice de apenas alguns, sendo necessário caminhar-se para uma viragem. Coloca mesmo uma questão pertinente: “quando terminarem “os carolas”, não sei o que se vai passar a nível da continuidade das associações, umas apresentando trabalhos e obras e outras nem tanto”. “Muitas delas vivem para dentro de si”, afirma, sem receio, Miguel Ramiro, que, por isso mesmo, entende pertinente e oportuno este debate, porque, “se as pessoas vierem abrir as portas, podemos chegar a algumas conclusões e fazer um diagnóstico da situação a nível do concelho”. Para acrescentar ainda que “é importante fazer-se um trabalho sério para tentar resolverem-se os problemas que vivem as associação. Está convicto mesmo que é necessário fazer-se “um confronto sério para resolver os problemas” e até fazer “a separação do trigo do joio”. Miguel Ramiro apresenta mesmo uma sugestão que é a de criar um Conselho Consultivo Municipal de associações que seria um elo de ligação entre estas e o poder, “de forma a resolver alguns impasses que existem, e passar da conversa à prática”. “Centros de Cidadania” As razões para a realização deste evento em Oliveira do Bairro com credenciados oradores (Couto dos Santos, ex-secretário de estado da juventude e ex-ministro da educação e Hermínio Loureiro, ex-secretário de estado da Juventude; Luís Alves, presidente da DNAJ e Luís Monteiro, sociólogo, com moderação de Óscar Brandão; Miguel Ramiro) identifica-as: Ao abordarmos o movimento associativo hoje, teremos em primeiro lugar de fazer uma reflexão sobre a sociedade em que vivemos. É através deste comportamento que poderemos fazer uma análise sobre o associativismo. “As associações, ou seja, os dirigentes associativos em Portugal têm vindo ao longo do tempo a dar respostas às mais diversas necessidades sociais, contribuindo para melhorar a qualidade de vida da sociedade e são responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento social. As associações são centros de cidadania, fórum de participação e escolas de aprendizagem e enriquecimento permanente. As associações podem e devem ter um papel interventivo na sociedade, apresentando propostas geradoras de riqueza, contribuindo para uma melhoria e fortalecimento do intelecto do ser humano”.Diário de Aveiro |