A Junta de Freguesia de Nariz está em falência tecnicamente. Actualmente, com um défice de tesouraria de cinco mil euros, está impedida de concluir várias obras em curso.

Não tem meios para iniciar as previstas no Plano de Actividades deste ano e até já teve que suspender a entrega ao Estado das contribuições e impostos retidos, anunciou o presidente da Junta, Manuel Arede, na última segunda-feira, durante a reunião da Câmara Municipal de Averio, realizada em Nariz.

O autarca atribui as responsabilidades à falta do cumprimento dos protocolos celebrados entre a autarquia e a Câmara Municipal de Aveiro e outras instituições públicas.

“Não temos capacidade de resposta para as sucessivas solicitações do nosso povo; não temos dinheiro nem receitas correntes ou extraordinárias em média suficientes - aliás, como a maior das freguesias do nosso concelho, e porque não, do nosso país”.

Manuel Arede não hesitou e afirmou: “Das duas uma, ou a Câmara Municipal de Aveiro cumpre o protocolado no que concerne à Unidade de Saúde e a outros objectivos, ou, provocando uma onda grave de contestação social, ver-nos-emos obrigados a encerrar “portas”, ou seja, encerrar a Unidade de Saúde, e outros serviços que lhe estão associados e, porque não, o encerramento global dos serviços públicos que são prestados pela Junta de Freguesia à população”.

O autarca ameaça e afirma: “Não nos obriguem a tão drásticas determinações”, apesar de “sabermos das dificuldades que a actual câmara encontrou quando iniciou funções”.

Quanto a verbas em atraso, o vereador Pedro Ferreira afirmou que o pagamento das delegações de competência iria ser processado em breve. Relativamente a outras verbas, tudo depende da disponibilidade financeira.
Diário de Aveiro