ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ANADIA

O eventual encerramento do SAP (Serviço de Atendimento Permanente) da Extensão de Saúde de Sangalhos fez com que a bancada do PSD fizesse aprovar a moção de repúdio que apresentou, ainda no período antes da Ordem do Dia, na última Assembleia Municipal, realizada na passada sexta-feira, dia 1 de Julho.

Encerramento é ainda uma incógnita

Aprovada, por maioria, com 28 votos a favor, apenas com uma abstenção, da deputada Áurea Mendes, da bancada Socialista (esta médica do Centro de Saúde de Anadia, que também exerce em Sangalhos, entendeu ser melhor abster-se em relação a esta matéria, no entanto, em declaração de voto não deixou de referir estar, nesta hora, ao lado da população) foi aprovada, na última Assembleia Municipal de Anadia, uma moção de repúdio, também subscrita pelo deputado João Morais, da CDU, face ao eventual possibilidade do Governo vir a encerrar definitivamente o SAP de Sangalhos.

A questão do SAP “fecha ou não fecha” foi levantada, na última Assembleia Municipal, pelo deputado “laranja”, Fernando Morais da Silva, que apelou ao executivo para tudo fazer no sentido de manter aquele importante serviço na Extensão de Saúde de Sangalhos.

Logo de seguida, e após a intervenção do deputado Orlando da Silveira, da bancada socialista, que se mostrou muito preocupado com o eventual encerramento daquele serviço, até porque, como explicou, esteve presente na audiência, solicitada ao coordenador da Sub-Região de Saúde de Aveiro, juntamente com mais alguns deputados municipais e da Assembleia de Freguesia de Sangalhos, eleitos pelo PS, avançou que “após as explicações dadas, continuo preocupado”, pois, como referiu, “não nos foram dadas quaisquer garantias, de forma cabal”, mas também porque “o problema é que não existe ainda uma orientação relativamente à manutenção ou não do SAP”. Orlando Silveira defendeu que “a Câmara deve intervir e acautelar os interesses das populações das várias freguesias servidas por esta Extensão de Saúde”.

A moção aprovada considera que “a resposta dada ao deputado José Manuel Ribeiro sobre a eventual redução do horário de atendimento do SAP de Sangalhos, que na prática resumia as preocupações das populações foi vaga e inconclusiva”, assim como as “insistentes notícias que veiculam responsáveis governamentais e superiores daquela instituição indicam não a redução de horário (já discutida na Assembleia e aprovada na devida altura uma moção), mas sim o eventual encerramento do serviço”.

“Estou com o povo de Sangalhos”

A moção refere ainda que “o interesse das populações servidas pelo SAP, que ultrapassam os 10 mil habitantes, e a área geográfica que o mesmo contempla” é significativa, assim como é preciso ter em atenção que “a saúde e o bem estar das populações fazem parte das primeiras e mais importantes atribuições do Estado”.

Também o edil anadiense se mostrou bastante preocupado: “não entendo como é que o Governo não diz sim ou não”, pois, no seu entender, “também o PS tem de assumir e estar do lado da população”, já que para Litério Marques “o povo de Sangalhos tem um SAP e a Câmara estará incondicionalmente do lado do povo de Sangalhos”.

Admitindo ainda em tempo posterior a eventual intenção governamental de encerrar definitivamente a própria Extensão de Saúde, diria: “estou ciente que isso não irá acontecer, pois estou com o povo de Sangalhos e Sangalhos tem umas instalações novas, inauguradas por um governo socialista”.

A moção aprovada repudia veemente a possibilidade de o Governo encerrar definitivamente aquele serviço público fundamental, assim deixa a indicação de que a moção aprovada na Assembleia Municipal vai chegar ao presidente da República, ao presidente da Assembleia da República, ao Primeiro-Ministro e ao Ministro da Saúde.

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