PODE SER UMA MAIS- VALIA

O presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, considerou hoje que a eventual entrega à gestão municipal do Museu Nacional de Aveiro, ou Museu de Santa Joana, "pode ser uma mais- valia, dependendo das condições".

Élio Maia comentava assim o anúncio feito quinta-feira pela ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, da intenção de "remeter para as câmaras municipais a gestão dos museus nacionais que têm uma linha marcadamente regional".

O presidente da Câmara admitiu que esse possa ser o caso do Museu Nacional de Aveiro, fundado em 1911 e que ocupa o edifício do antigo Convento de Jesus, onde viveu e está sepultada a Princesa Santa Joana, e que reúne o espólio de outras conventos da cidade, extintos no século XIX.

"Tudo o que seja aproximar a gestão desses equipamentos dos cidadãos é sempre uma mais-valia", disse Élio Maia, esclarecendo não ter ainda a Câmara de Aveiro recebido qualquer contacto preliminar nesse sentido, por parte do Ministério da Cultura.

"Vamos ver se é essa a intenção e as condições em que isso se verifica", assinalou o autarca.

Entre as condições que a autarquia deverá colocar para poder vir a assumir, no futuro, a gestão do Museu Nacional de Aveiro, conforme esclareceu Élio Maia, está a realização, por parte da administração central, da recuperação e ampliação do edifício, cujas obras começaram este ano.

Desde Julho que decorrem no Museu de Aveiro obras de ampliação e requalificação, sob projecto da autoria do arquitecto Alcino Soutinho.

A obra, que terá a duração de cerca de três anos, visa dotar o museu de melhores condições de funcionamento e acolhimento.

O projecto prevê a construção de um novo corpo do edifício, já iniciada, com novas áreas de exposições temporárias, serviços educativos, biblioteca, auditório e cafetaria, bem como trabalhos de restauro na parte monumental do antigo Convento de Jesus.

O acervo do museu abrange colecções de pintura, escultura, paramentaria, azulejo, ourivesaria, mobiliário e cerâmica com particular incidência no período barroco. Possui ainda um fundo documental dos séculos XV ao XIX.
Diário de Aveiro



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