Está a realizar-se, a esta hora, uma 'marcha lenta' de protesto pela falta de segurança na EN 235, na zona de Mamodeiro. A concentração de populares foi no largo da Igreja da Freguesia de Nossa Senhora de Fátima. Trata-se de uma reacção da população local à morte, por atropelamento, de uma menina residente na Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, a semana passada. Madalena Seabra, moradora na Freguesia, confessou à reportagem Terra Nova, as dificuldades sentidas, diariamente, pela população local, na utilização da via. "É normal estarmos 20 minutos para entrar na via, a população tem de apanhar o autocarro, os jovens tem de ir para a escola, enfim, é um dilema, os jovens são irreverentes naturalmente e apesar das precauções os acidentes acontecem", sublinhando que os idosos "tem naturais problemas de mobilidade, vivem debaixo de grande pressão e não tem alternativas", referiu. Os populares pedem a 'criação' de alternativas seguras no atravessamento do troço que divide a Freguesia de Nossa Senhora de Fátima. "O limite de velocidade é de 50 quilómetros por hora, a descer, se não travarem o limite é ultrapassado facilmente e depois se cumprirem a Lei, as buzinadelas atrás, são muitas, o trânsito fica muito lento entre a saída sul da auto-estrada e a rotunda da A17", adiantando que "as autoridades, penso, não vão tomar nenhuma medida, isto é o inicio de uma luta popular, será uma luta árdua, a estrada foi mal construída e mal projectada, não tem nenhumas condições para a circulação dos peões, é uma situação insustentável". Nesta via, nos últimos tempos, já se registaram acidentes que provocaram nove vitimas mortais. A população fartou-se e hoje saiu à rua em protesto "pacifico". Diário de Aveiro |