O pintor José Maia, com a obra "Ilha", é o vencedor da primeira Bienal de Arte Contemporânea de Aveiro, cuja exposição foi inaugurada no sábado e vai estar patente em várias galerias da cidade. O prémio "Aveiro", no valor de 10 mil euros, foi atribuído pelo júri ao pintor de Santo Tirso, premiando "uma longa e laboriosa carreira", no dizer de Lúcia Seabra, do círculo AveiroArte que organiza a Bienal em parceria com a Câmara de Aveiro. Das 77 obras, seleccionadas pelo júri de um universo de 516 trabalhos inscritos, nas modalidades de pintura, fotografia, desenho, gravura e escultura, foram ainda distinguidos com menções honrosas Pascal em escultura, Dalila Vaz em fotografia, e Inês Pessanha em desenho. Falando aos jornalistas na abertura da Bienal, Lúcia Seabra destacou o "assinalável interesse dos concorrentes" na mostra, dado o "pouco tempo e os recursos" para organizar a primeira edição. Além dos trabalhos a concurso, o júri convidou o artista francês Evariste Lichr que, expõe no Museu da Cidade a obra "Precipitado", inspirada na humida de atmosférica da região, socorrendo-se da pintura, vinil e vídeo. As obras seleccionadas para a primeira Bienal Internacional de Arte Con temporânea de Aveiro estão patentes até ao dia 30 em vários pontos da cidade, no meadamente na Galeria Morgados da Pedricosa, Museu da Cidade, Galeria da Capitan ia, Paços do Concelho e Teatro Aveirense, procurando "criar diálogo entre os diferentes espaços expositivos". Capão Filipe, vereador da Cultura da Câmara de Aveiro, considera que o êxito da Bienal "é mais um passo para afirmar Aveiro como a terceira centralidade da arte contemporânea" e anunciou que, na próxima semana, o edifício da antiga Estação de Caminhos de Ferro vai abrir as portas para a exposição do acervo cedido pelo Instituto das Artes.Diário de Aveiro |