REUNIÃO DESTINADA A DISCUTIR A AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, disse ontem que o ensino experimental das ciências deve ser uma actividade obrigatória no ensino básico, estando o Governo empenhado em criar as condições".

A ministra falava aos jornalistas na Universidade de Aveiro, onde inaugurou o "Jardim da Ciência" e participou numa reunião destinada a discutir a avaliação dos professores que participam na formação contínua.

Maria de Lurdes Rodrigues sublinhou que é preciso "fazer a mudança, acelerando o trabalho que tem vindo a ser feito por alguns pioneiros do ensino experimental".

Para a ministra, trata-se de "cumprir o programa do Governo para o ensino experimental no básico", o que implica a formação inicial dos professores nessa área, mas também a formação contínua dos que já se encontram a leccionar.

"Temos de inscrever o ensino experimental como actividade obrigatória no ensino básico e o caminho, para além de alguns projectos e iniciativas, passa pelo programa de formação contínua, dando continuidade à formação inicial do professor e permitindo valorizar as suas competências", disse.

A ministra apontou também como via o estabelecimento de parcerias entre diferentes níveis de ensino, nomeadamente a ligação da universidade ao 1º ciclo, para acompanhamento e apoio aos professores.

Maria de Lurdes Rodrigues reuniu em Aveiro com a comissão do Programa de Formação de Professores em Ensino Experimental das Ciências para Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico, num encontro sobre o tema da avaliação e em que participaram os coordenadores institucionais de todas as Universidades e Escolas Superiores de Educação.

Isabel Martins, vice-reitora e docente da Universidade de Aveiro, que coordena a comissão, explicou o funcionamento do Jardim da Ciência hoje inaugurado e que consiste num espaço de extensão educativa, ao ar livre, concebido para permitir a crianças dos quatro aos 12 anos fazerem fora da sala de aulas experiências em vários "brinquedos" de grandes dimensões, montados ao ar livre.

Os dispositivos, instalados num espaço com 600 metros quadrados, são utilizáveis pelas crianças em actividades de lazer, cujo funcionamento suscita questões científicas que depois são ensinadas no ensino formal das Ciências.
Diário de Aveiro



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