A INVERSÃO DE UM CERTO MODELO ESTÉTICO

O artista plástico João Rodrigues, de Santa Maria da Feira, expõe na sala de exposições da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, até ao próximo dia 2 de Janeiro, trabalhos cerâmicos e pinturas com estilos surrealistas e minimalistas.

A mostra, que foi inaugurada, no último sábado, dá a conhecer o trabalho de artístico de João Rodrigues que se insere nos novos paradigmas da modernidade que vão da generalização da estética à experiência do quotidiano e pela absorção dos fenómenos civilizacionais, dos quais se destaca a hibridez resultante da diluição do orgânico, do mecânico e do digital.

João Rodrigues, na constante procura de novos materiais e de diversos caminhos de representação artística, seguiu, entre outros estilos, o caminho da arte milenar da cerâmica, tendo feito uma exploração sobre os mistérios na cerâmica (terra e fogo), numa fusão lógica, dando lugar às asas da criatividade que, através do desenho, representa de uma maneira sóbria e rústica uma nova tela, aliando à arte os dois elementos primários: terra e fogo.

Dentro da pintura, o artista expõe trabalhos com estilos surrealistas, abstractos, minimalistas e alguns cartazes.

A parte cerâmica está dividida pelos raios & coriscos, pintura cerâmica, escultura cerâmica e cerâmica medieval.

Na obra de João Rodrigues, a inversão de um certo modelo estético é evidente: tornar as inutilidades em utilidades, no sentido de a experiência poder ser estilizada através de uma inovadora abordagem conceptual expressa numa breve e terna ecologia dos sentidos.

Acrescente-se que a inauguração contou com as presenças do presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, Mário João Oliveira; vice-presidente da Câmara, Joaquim Santos; vereadora da cultura, Laura Pires; vereador do CDS, Manuel Silvestre; Bibliotecária, Cristina Calvo, entre outros.
Diário de Aveiro



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