O projecto da alameda da cidade de Oliveira do Bairro que, segundo o presidente, Mário João Oliveira, será um das obras marcantes do seu mandato, foi aprovado, na última reunião do executivo camarário, recebendo não só a unanimidade, mas muitos elogios de todos, incluindo dos vereadores da oposição. Dignificar o coração da cidade Mário João Oliveira deu o mote e algumas explicações, dizendo que, pouco depois da tomada de posse, fora apresentado o primeiro estudo prévio para a requalificação da EN 235, entre o quartel dos Bombeiro e a Escola Secundária, num percurso próximo dos 3 kms. Daí para cá, foram realizados muitos trabalhos, muitas foram as cedências e negócios de terrenos, muitas foram as decisões, estando nesta altura em condições de ser aprovado o projecto para que “o possamos pôr a concurso a curto prazo”, acrescentou o vice-presidente, Joaquim Santos, que acabou por deixar alguns tópicos sobre o projecto que contempla, entre outras coisas um separador central, seis zonas de lazer, “umas mais complexas, outras menos”, entre as quais figuram as zonas do Senhor dos Aflitos, Largo padre Acúrcio, junta de freguesia, espaço da antiga Casa da Câmara, a pista ciclável que poderá, segundo o vice, vir a ligar a uma futura pista (ideia que não é nova) que passe pela zona dos Pinheiros Mansos e chegue à Pateira de Perrães (parque do Prego). O projecto contempla passeios com a largura de 2.25 metros, incluindo caldeiras para as árvores. Segundo Mário João Oliveira, não se trata apenas de uma requalificação, de uma alameda. Os espaços públicos, mais amplos, incluídos neste projecto, vão dar dignidade à cidade, torná-la “atractiva, chamativa, apelativa”. Aproveitou para elogiar o trabalho dos “colegas” pelo empenhamento que mostraram”. Uma palavra especial para o vice que desde o início “pôs as mãos e os pés a caminho”, com todas as consequências que isso acarreta, nomeadamente a nível de acessos, zonas pedonais e muros novos que vão ser demolidos, “por força deste projecto”. Também não está descartada a hipótese de haver necessidade de recorrer a uma ou outra expropriação. Mário João Oliveira, para quem este “é um projecto que dignifica o nosso concelho, é um projecto de qualidade”, considerou tudo isto “evidencia que há trabalho e muita vontade de fazer”. “Obra de marca” Leontina Novo disse concordar com o projecto na generalidade, mas acrescentou de imediato, “mas não concordo que o edifício da antiga casa da câmara venha abaixo”, pois que poderia haver outra solução, que mantivesse o edifício. Por sua vez, Campos Silvestre considerou este “um dia marcante”. O projecto “é muito melhor do que tinha imaginado”, acrescentando: “é pena que não a possamos fazer com a velocidade que se pretendia. Parabéns à juventude”. Campos Silvestre, perante a magnitude e beleza da obra, o projecto merecia uma apresentação a cores, em Powerpoint, mas foi prometido fazer-se isso, aquando da aprovação para abertura do concurso público respectivo. Acácio Albuquerque falou da necessidade do tratamento da rotunda aos bombeiros, com alguma alusão ao fogo ou à água. “É uma petição bem acolhida”, disse o presidente da edilidade. Por sua vez, António Mota começou por congratular-se com o projecto e deixar duas ordens de recados: o primeiro: “a alameda é efectivamente uma realidade neste momento” e “vai ser uma das obras que vai marcar este executivo”; o outro foi para os cépticos que “lutaram para que a obra não se fizesse. Tenham paciência, vão pregar a outro lugar. Os profetas da desgraça não têm razão”. Por sua vez, Laura Pires que relevou que para ser apresentado naquele momento o projecto, exigiu muito trabalho, da parte da equipa do executivo, mas também dos técnicos da câmara, porque, “não é uma intervenção leviana, mas de excelência”. Anunciou ainda o facto da obra ir ser paga pela câmara, não abrangida pela candidatura à Polis, “o que representa um esforço apreciável, vai exigir esforços”. A vereadora aprecia a largueza das vias, a largura dos passeios, o privilégio dos espaços verdes, o que muito vem dignificar o coração da cidade que virá bater na alameda.
Armor Pires MotaDiário de Aveiro |