ESTAM A BOIAR NUM BARREIRO EM BUSTOS

Cerca de meia centena de galinhas poedeiras foram encontradas mortas, na última segunda-feira, numa antiga exploração de argilas em Bustos, confirmou ao Jornal da Bairrada fonte policial, mas a possibilidade de terem morrido pelo vírus da gripe aviária está afastada para já.

As galinhas foram deixadas a boiar num dos muitos barreiros, existentes naquele local, que nesta altura do ano se encontram cheios de água.

Segundo José António Vicente, veterinário municipal, a causa da morte não foi apurada, mas tudo indica que terão sido mortas por mão humana.

Este responsável está convicto de que o fim do período de produção dos ovos terá levado o produtor a matar as galinhas - uma fase conhecida por refugo e que leva os avicultores a desfazerem-se das galinhas - desconhecendo, no entanto, a forma como estas terão morrido.

José António Vicenteexplicou ao Jornal da Bairrada que foram recolhidas amostras que foram enviadas ao Laboratório Nacional de Investigação Veterinária e que os restantes cadáveres foram desnaturados.

Segundo este responsável, “estamos perante um atentado à saúde pública, mas felizmente os cadáveres foram encontrados poucas horas depois de terem sido colocados naquele local, o que impediu que as águas da lagoa ficassem contaminadas quando os cadáveres entrassem em decomposição”.

José Vicenteexplicou ainda que as 53 galinhas eram todas iguais e apresentavam lesões na zona onde os ovos são produzidos, e não apresentavam rigidez cadavérica, o que “prova que terão sido abandonadas naquele local há muito poucas horas”.

Já fonte policial explicou ao JB que o caso vai ser dado a conhecer ao Ministério Público que desencadeará as respectivas investigações, não havendo, no entanto, qualquer suspeita de quem terá sido o autor de semelhante atentado.
Diário de Aveiro



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