OS ANTIGOS VIVEIROS FORAM CRIADOS EM MEADOS DO SÉCULO PASSADO

Os antigos viveiros florestais da Mealhada, abandonados e degradados há anos, vão dar lugar a um parque urbano, após terem sido cedidos à autarquia local pela Direcção-Geral de Florestas, numa cerimónia hoje realizada.

"É uma cerimónia simples para concluir um processo longo, de 15 anos. Sempre foi pretensão da Câmara transformar os antigos viveiros florestais em parque urbano da Mealhada", afirmou o presidente da autarquia, Carlos Cabral.

Os antigos viveiros dos Serviços Florestais foram criados em meados do século passado, através da expropriação de terrenos onde, nos anos 40, se situavam as chamadas "hortas" da Mealhada.

Nos últimos anos "começaram a decair, por falta de utilização e degradação ambiental que implicou o abandono daquele espaço", disse o autarca.

Com a cedência, hoje, ao município, dos cerca de 150 mil metros quadrados de terreno, que representam um valor patrimonial de mais de meio milhão de euros, a Câmara da Mealhada vai avançar para a criação de um parque urbano, "espaço de lazer para a população".

"Será possível, a partir de agora, que a população exija o que muitas vezes exigiu e a Câmara não podia dar resposta", frisou Carlos Cabral, revelando que o projecto do parque estará concluído dentro de um mês.

O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Florestas, Rui Nobre Gonçalves, que presidiu à sessão, afirmou, por seu turno, que o "problema" dos antigos viveiros, que se mantinha há mais de uma dezena de anos "finalmente está resolvido".

"É um património que já não tinha valor para as Florestas. Produziu boas plantas mas tinha deixado de exercer o seu papel, transformando-se num ónus, algo que não honrava os próprios serviços florestais", sustentou.
Diário de Aveiro


Portal d'Aveiro - www.aveiro.co.pt