POPULAÇÃO AGUARDA HÁ 12 ANOS AS ALTERAÇÃO AO PDM

Em processo de revisão há mais de uma década (1995), o Plano Director Municipal (PDM) entra agora na recta final, com o envio a inquérito público. Os munícipes terão 44 dias úteis para reclamar, antes da sua aprovação pelo Conselho de Ministros e posterior publicação em Diário da República.

O último atraso teve a ver com a negociação das plantas de desafectação das Reservas Ecológica e Agrícola (REN e RAN), e plantas de ordenamento, que definem "toda a estratégia de desenvolvimento sustentável de Vagos", que era a parte mais complicada do processo. Tanto quanto se sabe, haverá pelo menos duas reclamações: são casos pontuais, em Sanchequias e Santo André, que segundo o edil vaguense, haviam sido assumidas pela comissão regional já depois da deliberação dos perímetros urbanos. Reclamações que, se vierem a concretizar-se, são ser tratadas directamente pela câmara, que já obteve autorização para tal por parte da Comissão de Reserva Agrícola.

Logo que for publicado, o "novo" PDM de Vagos vai "mudar tudo", a começar pela criação de uma zona turística. Prevista para a florestal da Gafanha da Boa Hora, ali poderá surgir finalmente um aldeamento turístico, com hotel e campos de golfe. A área a ocupar será de 157 hectares.

Mudam também os projectos para espaços naturais, que pela primeira vez surgem "elevados e tratados", enquanto a rede estruturante irá igualmente sofrer alterações de vulto. Na calha estão está ainda a rede de novos centros educativos, a aprovação dos perímetros e aglomerados urbanos, que terão regulamentos de edificação distintos, e a aproveitamento municipal na área das energias renováveis. Aqui, destaque para a construção de um parque eólico.

Eduardo Jaques

Colaborador
Diário de Aveiro



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