Está praticamente no fim o mês de Agosto.
Um mês que deveria ter tido mais calor, mas que foi brando nas temperaturas e até inesperadamente chuvoso e bem provido de vento. Se uns praguejam por que as férias de veraneio ficaram com menos praia e inferior qualidade no bronze, a outros, até lhes soube bem, pois não sentiram a costumeira perigosidade dos incêndios a roçar as terras, os pinhais e até as portas de casa. Parece que nesta escaldante classe de desgraças, este ano, calhou a vez aos gregos e, pelo que pude sumariamente avaliar na comunicação social, não aprenderam com os erros passados dos portugueses. Pelo menos depois de tanta aselhice, desleixo e incompetência passada, fizemos alguma correcção, pois o dispositivo, organizado pelo governo, parece ter o acordo de bastantes comandantes dos bombeiros. Eu, pelo menos, confirmo ter ouvido de dois deles essa satisfação.
Também vi, pela primeira vez, após o infortúnio de um grande incêndio em Sintra, os responsáveis operacionais, os dirigentes políticos, os autarcas, os bombeiros e até a população dizerem bem da organização no terreno. Fiquei contente. Afinal, não é comum em Portugal tanto consenso nestas matérias sensíveis, causadoras de angústia e horas difíceis às populações.