O PROJECTO CONTA COM O APOIO DA CÂMARA

As instituições particulares de solidariedade social (IPSS) de Vagos vão candidatar-se a um projecto que prevê a instalação de 42 pontos de produção de energia, através de painéis solares.

São painéis solares fotovoltaicos, e a sua utilização encontra-se regulamentada através do decreto-lei 312/2001, que permite, no regime especial, a criação de centrais com potência inferior ou igual a cinco kw, desde que instaladas em escolas. Ainda de acordo com o mesmo decreto, os promotores devem ser as IPSS desde que "se comprometam a canalizar a totalidade das receitas de venda de energia, para acções de solidariedade social".

Inovador no município de Vagos, o referido projecto conta com o apoio da Câmara Municipal, que titula a rede escolar. E vai ser implementado pela totalidade das 11 instituições particulares de solidariedade social.

Tanto quanto apurámos, as IPSS vão candidatar-se ao projecto, que prevê a instalação de 42 pontos de produção de energia, em escolas nas várias freguesias do município de Vagos.

Segundo o vice-presidente da Câmara, a iniciativa permite que as instituições passam a ter mais uma fonte de rendimento próprio. "Uma espécie de renda mensal, para que possam ser mais auto-suficientes", admitiu Carlos Neves, responsável pelo pelouro do "Desenvolvimento Económico e Ambiente".

Ainda segundo aquele autarca, que considera o projecto particularmente importante, a nível pedagógico, o investimento será amortizado em cinco anos. "O Estado não paga as unidades que forem sendo instaladas, mas compromete-se a receber e pagar, ao longo de quinze anos, a energia produzida", referiu, a propósito.

De referir que o custo da instalação de cada unidade de produção rondará os 25 mil euros. O financiamento está assegurado, por parte de algumas entidades bancárias, mas a Câmara de Vagos, de acordo com o seu vice-presidente, propõe-se igualmente a fornecer "apoio técnico e financeiro".

Eduardo Jaques
Diário de Aveiro



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