HOSPITAL TEVE OBRAS HÁ DOIS OU TRÊS ANOS

bastonário em exercício da Ordem dos Médicos (OM) criticou hoje o encerramento da urgência do hospital da Anadia, apontando responsabilidades ao primeiro- ministro, José Sócrates, e considerando que o ministro da Saúde se limita a cumprir ordens.

As urgências do hospital José Luciano de Castro, em Anadia, encerraram às 08:00 de hoje, conforme previsto, perante cinco elementos do movimento popular "Unidos Pela Saúde" que contesta o encerramento daquela valência.

"O senhor ministro da saúde provavelmente até está a fazer este encerramento contrariado. Não pode ser culpabilizado, o verdadeiro responsável é José Sócrates", disse aos jornalistas José Manuel Silva, bastonário em exercício da Ordem dos Médicos.

Apesar de considerar que, com o encerramento da urgência de Anadia, Correia de Campos "está a cometer um erro e a prejudicar as populações", José Manuel Silva desresponsabiliza o ministro da Saúde.

"Sabe que é um erro mas é obrigado a fazer por imposição do Primeiro-Ministro. José Sócrates é que manda", sustentou.

José Manuel Silva, que lidera a OM interinamente durante o período eleitoral que actualmente decorre, disse que os recursos do hospital de Anadia "estão a ser perfeitamente desperdiçados", considerando a urgência local "moderna, bem equipada e com excelente capacidade de resposta".

"Foi planeado para ser um serviço de urgência completamente novo, teve obras há dois ou três anos. Tem sala de tratamentos, a radiologia foi totalmente equipada em Setembro [de 2007], estão ali milhões de euros em equipamento de referência que não sei para que servirá agora", afirmou.

O médico acrescentou que com o encerramento da urgência, a população de Anadia vai dispor "de uma mera consulta garantida por pessoal sem rotina hospitalar".

Diário de Aveiro


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