COMPETE AO MINISTÉRIO PÚBLICO INVESTIGAR

Dois actuais directores da Associação de Beneficência e Cultura (ABC) de Bustos e o antigo tesoureiro da associação já foram inquiridos pelo Ministério Público do Tribunal Judicial de Oliveira do Bairro.

O interrogatório surgiu na sequência de uma queixa apresentada pelo presidente do Conselho Fiscal da Instituição, Óscar Santos, devido ao teor de um comunicado da autoria do ex-tesoureiro daquela instituição, que foi publicado em dois blogs de Bustos e no Jornal da Bairrada.

O actual presidente, Paulo Alves, e a vice-presidente, Elsa Pires, foram interrogados há duas semanas, enquanto que o ex-tesoureiro, Narciso Paiva Cardoso, esteve a ser inquirido na penúltima quarta-feira, durante toda a tarde. Nesse mesmo dia, Óscar Santos também esteve a ser ouvido, mas da parte da manhã.

O escrito que deu origem à queixa apresentada por Óscar Santos surgiu após a direcção da ABC ter caído em bloco, devido a desentendimentos graves entre o então presidente demissionário, Paulo Alves - eleito recentemente para novo mandato -, e Narciso Paiva Cardoso, que assumia as funções de tesoureiro.

Agora, compete ao Ministério Público investigar se os factos que foram amplamente divulgados são ou não susceptíveis de crime, ou se a queixa poderá ser arquivada.

O Ministério Publico, após ter recebido a queixa e devido ao mediatismo que o caso obteve, demorou pouco mais de duas semanas a notificar os directores da instituição.

Óscar Santos deu a conhecer ao tribunal que os comunicados faziam menções a negócios entre directores e a associação, existência de compadrios, casos de assédio, perseguições, peculato, desvio de dinheiro e chantagem a funcionárias. Situações que podem constituir lícito penal.
Diário de Aveiro



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