O vice-presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro , Joaquim Santos, tentou alegadamente boicotar um plenário organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) de Aveiro. A acusação é feita pelo coordenador desta estrutura sindical, Jaime Ferreira, que denunciou ao Jornal da Bairrada que "no dia 31 de Março, pela manhã, o vice-presidente da Câmara dirigiu-se até nós, de forma arrogante, com o objectivo de impedir a realização de um plenário do sindicato na Câmara Municipal de Oliveira do Bairro que, cordialmente, já tínhamos avisado que iríamos realizar". "Quase nos bateu com a porta na cara", conta o sindicalista. Jaime Ferreira acrescenta que Joaquim Santos pretendia que o plenário fosse organizado no Estaleiro Municipal de Vila Verde. "No entanto, já tínhamos avisado de que iríamos realizar dois plenários, um em Vila Verde e outro na Câmara. Mas estes senhores esqueceram-se que nós é que pedimos a sala de reuniões, por escrito, apesar da lei não obrigar a fazê-lo", afirma, indignado. Joaquim Santos afirmou ao JB que não pretende comentar notícias e que o plenário dos sindicalistas na sala de reuniões foi feito contra a sua vontade. A partir de agora, o coordenador alerta que o STAL vai "aparecer mais vezes na Câmara de Oliveira do Bairro", justificando que "todos os funcionários têm direito a 15 horas por ano para assistir a acções do sindicato". "O vice-presidente da Câmara estava enervado e errado quando argumentou que não ia aparecer ninguém na nossa reunião, mas a verdade é que o plenário terminou com 20 trabalhadores, entre os quais dois elementos do gabinete jurídico da Câmara", reforçou. O coordenador do STAL salienta ainda que no distrito de Aveiro "só teve problemas na Câmara da Mealhada e na de Oliveira do Bairro, mas nesta última aconteceu mesmo uma tentativa de boicote". "É importante que estes senhores tomem nota de que as marcações dos plenários são efectuadas pela estrutura sindical e não pela Câmara. E para que não aconteça mais nenhum problema, agora somos nós que informamos quando vamos visitar a autarquia", acrescentou Jaime Ferreira, recordando que, no ano passado, "de uma forma amistosa, escrevemos uma carta ao presidente e nunca obtivemos resposta". Jaime Ferreira acrescentou ainda que o presidente da Câmara acabou por autorizar a reunião - "que não tem competência para autorizar" - e tudo acabou em bem. "O vice-presidente podia ter feito o mesmo, em vez de tentar boicotar os trabalhos e de se enervar." Pedro Fontes da Costa pedro@jb.pt Diário de Aveiro |