Verdadeiramente memorável. Assim foi a prestação da ADREP com êxitos conquistados ao mais alto nível nacional. Foram quatro os atletas que, em representação do distrito de Aveiro, disputaram o Olímpico Jovem Nacional, no Estádio Magalhães Pessoa, em Leiria, tendo alcançado três medalhas numa só competição.

Vinte e uma selecções desfilaram no mais aliciante palco nacional, do atletismo de formação. Dezoito distritos, duas regiões autónomas e ainda Macau, fizeram-se assim representar, nesta competição, pelas respectivas delegações. Cada uma das quais com 28 atletas, com vista a participar em disciplinas tão distintas, tais como, lançamentos, saltos, marcha atlética, velocidade e barreiras, ou as corridas de meio fundo.

Durante dois dias, a cidade do Lis vestiu-se de gala, e recebeu mais de meio milhar de jovens, entre os quais estiveram alguns dos que, a curto prazo, estarão, seguramente, na ribalta do atletismo nacional.

A Bairrada esteve representada com quatro atletas da ADREP, que, de resto, foi mesmo uma das duas equipas com maior representatividade nesta Selecção. Soraia Ruas, Jorge Batista, Débora Santos e Flávia Costa afirmaram-se como os porta estandartes de uma região que volta a surgir em força no mapa, neste sector.

Notável foi o protagonismo assumido por estes jovens que se afirmaram entre os melhores. Soraia Ruas, na prova de lançamento do peso, foi um exemplo disso mesmo. A atleta conquistou a medalha de prata, entre as 21 concorrentes (uma de cada selecção), com um novo recorde pessoal, agora fixado em 12,90 metros.

Surpreendente, para muitos, terá sido a prestação de Flávia Costa, no lançamento do dardo. Esta atleta que cumpre apenas o seu primeiro ano, em iniciadas, pulverizou o seu anterior máximo em mais de três metros, com um lançamento a 27,65m. E foi este ensaio que fez com que a jovem bairradina lograsse subir ao pódio, para receber a medalha de bronze, tendo assim registado o seu nome no historial desta marcante competição.

Em grande plano esteve, igualmente, Jorge Batista que voltou, passados vários anos, a trazer uma medalha nacional para a ADREP, no meio fundo. Este atleta disputou, até à linha de meta, a vitória nos 800 metros, após uma recuperação notável. Tendo concluído a sua prova em 1 minuto e 58 segundos, prejudicado por uma falha na estratégia utilizada, que fez com que tivesse ficado fechado por outros concorrentes, na hora de responder a um ataque desferido, numa fase crucial. O bronze acabaria, ainda assim, por lhe estar destinado, tal como a missão de carregar em ombros, até ao pódio, a bandeira aveirense. Já na véspera, este mesmo atleta terminara em 2º lugar, na sua série, a prova de 300 metros, com um novo recorde pessoal fixado em 37 segundos e 50 centésimos.

Nos 3000 metros femininos, Débora Santos alinhava à partida com a terceira melhor marca, entre as concorrentes, afigurando-se como uma das mais fortes candidatas aos lugares do pódio. Ainda assim, a atleta debateu-se, desde os primeiros metros, com dificuldades físicas que a mantiveram bem longe do seu nível, acabando a quase um minuto e meio do seu recorde pessoal, estabelecido apenas duas semanas antes.