ARTESANATO, GASTRONOMIA E MÚSICA, ATÉ AO PRÓXIMO DIA 8

Está já "espalhada" pelo Jardim Municipal da Mealhada afeira que junta artesanato, gastronomia e música, até ao próximo dia 8. Pela feira devem passar cerca de 20 mil visitantes. Na visita que fez ao recinto da feira, Carlos Cabral, presidente da Câmara da Mealhada, viu o artesanato de todo o país, desde os brinquedos e jogos de madeira vindos de Semide (Miranda do Corvo), a bijutaria, a partir pedras de vidro, fio de algodão e alumínio feitas, desde há três anos, por Joana Branco, da Pampilhosa, ou as casas em xisto de António Moreira, que trocou o Porto por Arganil e recria as casas das aldeias históricas nos relógios, candeeiros e quadros que faz há já uma década.

Viu os bordados, os tapetes - e os teares que os fazem-, a olaria e os anjos em terracota de Maria da Conceição, as carteiras e sapatos feitos de couro, as formas que Abel Santos, oriundo de Pelariga, consegue dar a "bocados de madeira".

Na gastronomia, para além do que veio de fora, como o pão de ló de Ovar ou a ginjinha de Óbidos, servem-se os petiscos da casa, de oito associações do concelho: o leitão e a cabidela são obrigatórios, tal como a chanfana e os negalhos, o sarrabulho, os rojões, o bacalhau ou os churrascos.

Matriz mantém-se. Com um orçamento de 40 mil euros, Carlos Cabral defende que a matriz da feira é para manter, já que o evento consegue ter "os verdadeiros produtores de artesanato", tendo afastado aqueles que são apenas "comerciantes da arte dos outros". "É uma feira aberta, gratuita, e um ponto de encontro de todos os munícipes", sublinhou.

Expo-Mealhada é para a ACIM. À espera de cerca de 20 mil pessoas, que se estima tenham passado em 2007 pelo certame, o presidente da Câmara eliminou "o boato" acerca da transferência da feira para outro local, bem como a sua junção a outras iniciativas, nomeadamente à Expo-Mealhada, mostra comercial e industrial do concelho realizada pela Associação Comercial e Industrial da Mealhada (ACIM).

Quanto à hipótese de realização da Expo-Mealhada este ano, Carlos Cabral disse não ter conhecimento, afirmando que o certame pertence à ACIM. A autarquia estará disponível apenas para "apoiar", disse.

Tânia Moita

tania@jb.pt
Diário de Aveiro



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