REVESTIMENTOS CERÂMICOS PRODUZEM ENERGIA ELÉCTRICA

Um consórcio liderado pela Revigrés vai desenvolver produtos cerâmicos fotovoltaicos inovadores que poderão ser aplicados como revestimentos exteriores de edifícios. Ou seja, os revestimentos cerâmicos poderão, dentro de dois anos, produzir energia eléctrica da mesma forma como os tradicionais painéis solares, aproveitando a energia solar.

O Projecto Solar Tiles apresentado, na penúltima quarta-feira, na Cerâmica Revigrés, surge, segundo Victor Francisco, do Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, como uma solução alternativa de aproveitamento das energias renováveis, num altura em que o país de debate com uma crise generalizada dos recursos energéticos e o aumento dos preços.

De acordo com este responsável, o projecto, que está a ser desenvolvido por um consórcio de nove entidades nacionais, permite acrescentar valor ao produto cerâmico, tornando-o multifuncional.

"Não pretendemos substituir produtos cerâmicos por produtos solares, uma vez que o desenvolvimento é efectuado sobre substratos cerâmicos", sublinhou Victor Francisco.

Segundo Maria João Rodrigues, da empresa Viris, a tecnologia, que ainda não está patenteada a nível mundial, permite, através de um filme que é depositado nos revestimentos cerâmicos, captar a energia emitida pelo sol, armazená-la e transformá-la em energia eléctrica.

Trata-se de tecnologia extremamente sofisticada, desenvolvida à escala laboratorial, com custos elevados, o que justifica que o projecto seja candidato aos apoios do QREN.

PFC
Diário de Aveiro



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