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17-05-2010

Deputados ainda acreditam em traçado com menos impactos negativos para a A32.


A população da freguesia da Branca, concelho de Albergaria-a Velha, continua a lutar contra o traçado da A32 que estava previsto ...

A população da freguesia da Branca, concelho de Albergaria-a Velha, continua a lutar contra o traçado da A32 que estava previsto atravessar a freguesia. Apesar da auto-estrada ter sido suspensa para reavaliação, a Auranca, Associação do Ambiente e Património da Branca, decidiu debater o tema com alguns representantes políticos que reuniram no sábado à tarde no Centro Cultural da freguesia.

Carina Oliveira, do PSD, diz que o projecto de resolução apresentado na Assembleia da República pelos sociais-democratas mostra que ainda há tempo de se apresentarem outras soluções. “O nosso projecto de resolução propõe que fosse suspenso o processo da A32 apenas neste traço para reavaliação de traçado. Estamos a tempo de que outra solução seja estudada sem que isso possa trazer implicações de maior”.

João Paulo Correia, do PS, acredita que será encontrada uma solução que cause menos impactos negativos: “Há uma vontade em procurar uma saída que pode não ser a saída do total interesse da população da Branca, mas poderá diminuir os impactos negativos ao nível ambiental e patrimonial”.

Antero Resende, dos Verdes, aproveitou a ocasião para tecer algumas críticas ao Governo: “O Governo hipotecou o nosso futuro. Puseram-nos como o primeiro país em km de auto-estradas de toda a União Europeia. Diziam que era para tornar homogéneo o todo nacional. Temos dez milhões de habitantes da Galiza até Setúbal. Toda esta península litoralizou”.

José Pureza, do Bloco de Esquerda, critica que os estudos sejam feitos depois das decisões estarem tomadas: “Esta situação mostra como se manda em Portugal. Decide-se primeiro e estuda-se depois. No caso da Branca, isso é claríssimo”.

Rául Almeida, do CDS, elogia a mobilização da população da Branca e lamenta o depsrezo do Governo por aquela contestação: “Quando a população se organiza de forma séria para fazer valer os seus direitos, quando pelo país se encontra um desinteresse pela causa pública e encontramos aqui empenhamento, encontramos também uma surdez e uma ignorância por parte do Governo”.

O presidente da “Estradas de Portugal” também foi convidado a participar no encontro, mas, segundo a Auranca, recusou por a obra já ter sido adjudicada e, assim sendo, não faz sentido continuar a debater o assunto.


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