A revisão do Plano de Pormenor do Centro permite a construção em altura, para ganhar espaço público no solo, e dos Partidos Políticos com assento na Assembleia Municipal de Aveiro, apenas PS e BE contestam a medida.

Nelson Peralta do Bloco de Esquerda, diz que a capacidade de construção em altura não é resposta quando há muitas habitações disponíveis em bairros do centro da cidade, "só para a Freguesia da Vera Cruz, sabemos que 16 por cento das casas que existem, estão desabitadas, portanto, o que é que justifica mais construção no centro, se a Freguesia do centro de Aveiro, em cada 100 casas 16 não estão habitadas", questionou.

Marques Pereira, do PS, insistiu no impacto visual dos prédios a construir perto do Centro de Congressos, "olhem para a Fábrica Campos e imaginem lá ao lado dois prédios com o dobro da altura do Hotel Melia, porque é disso que estamos a falar", disse.

Filipe Guerra, do PCP, adiantou que esse impacto não se fará sentir de forma tão linear e que o importante é ganhar qualidade no espaço público, "não é por ser construção baixinha ou alta que se define a qualidade, até porque em determinados tipos de cidade a construção em altura é uma opção válida e valha a verdade, até existem belíssimos edifícios altos".

Jorge Greno, do PP, referiu na emissão Terra Nova que o mercado se encarregará de decidir o que será o futuro de determinadas zonas e concorda que a procura vai ajudar a definir a ocupação, "há um numero significativo de apartamentos por vender e portanto isto deverá motivar uma reflexão da Câmara, relativamente ao futuro de determinadas zonas da cidade", disse Jorge Greno.

João Carlos Valente, do PSD, lembrou que "o documento original, do tempo do PS, estava a pedir revisão porque foi feito num momento em que as receitas já eram o principal mote das opções políticas". Opiniões registadas na ultima emissão do programa "Canal Central", da RTN.