O Secretário-geral do PCP esteve em Espinhel, Águeda, num convívio de Verão do PCP e deixou críticas à revisão das leis laborais. O avanço das medidas previstas no memorando da Troika merece a crítica de Jerónimo de Sousa que vê muita pressa em alterar as leis e colocar os trabalhadores a pagar os próprios despedimentos. Diz que é uma questão que afecta não só jovens mas gente de todas as idades. “As novas gerações não são o alvo principal porque são todas as gerações ameaçadas. Mas são o alvo primeiro. Vão ter que explicar como é possível criar emprego despedindo”, disse o dirigente do PCP.
Jerónimo de Sousa criticou algumas das primeiras medidas introduzidas pelo novo Governo. Considerou que, ao reduzir de 30 para 20 dias por ano de trabalho o valor da indemnização por despedimento e ao limitar a 12 meses o valor máximo da mesma, o que se pretende é “criar as condições para os despedimentos mais fáceis e mais baratos”. Para Jerónimo é o "primeiro passo desse diabólico plano da troika da ingerência e dos partidos da submissão, que acordaram ainda no seu sinistro memorando o alargamento das possibilidades de despedimento por justa causa, a flexibilização do horário de trabalho por via do banco de horas, a redução do valor pago pelas horas extraordinárias e o ataque à contratação colectiva e ao papel dos sindicatos na negociação".
Lamentou, ainda, o aumento dos transportes públicos que, segundo Jerónimo, vão criar dificuldades aos trabalhadores no acesso aos postos de trabalho. "E porquê este aumento brutal? Simplesmente para criar condições à privatização das empresas públicas de transporte". |