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24-08-2011

Autarquia diz que tem estratégia perante queixas contra bar de Cimo de Vila.


A Câmara de Ílhavo prepara uma estratégia, em consonância com a GNR, para minimizar os efeitos dos desacatos registados num espaço ...

A Câmara de Ílhavo prepara uma estratégia, em consonância com a GNR, para minimizar os efeitos dos desacatos registados num espaço de diversão nocturna em Cimo de Vila e para responder às queixas de moradores que dizem ser impossível suportar o barulho registado naquela área. Ribau Esteves foi questionado, ontem, em reunião de Câmara, sobre o licenciamento e o cumprimento de regras de um estabelecimento que pode funcionar em tempo de Verão até às 4 da manhã. Diz que mais grave do que isso são incidentes registados nas última semanas, relatados há poucos dias por uma patrulha da GNR que acabou injuriada. O autarca diz que está a preparar uma intervenção. “A CMI gere este caso como todos os outros, com equilíbrio, sabendo que os últimos acontecimentos ultrapassam todos os limites do que é uma tolerância grande. Está feito esse trabalho e vê-lo-emos executar com equilíbrio entre um bar aberto, que tenha sucesso, e que possa ter uma festa ou outra até mais tarde, mas que tenha comportamento de civilidade cumprindo a lei”, respondia o autarca.

Intervenção suscitada por uma moradora de Cimo de Vila, a nascente do centro da cidade de Ílhavo, que diz viver em desassossego. “Fiz várias reclamações e o proprietário já foi autuado. Pergunto onde está o meu equilíbrio, o meu descanso para trabalhar e o bom-senso de quem faz espectáculos sem licenças? Já apelei e não tenho tido condições para trabalhar normalmente. O proprietário diz à boca cheia que quanto mais autos lá forem feitos menos os paga”, declarava a moradora.

Os vereadores da oposição tinham levantado, pouco tempo antes, uma questão sobre a abordagem nestes casos. No momento em que era debatida a questão referente a um bar na Gafanha da Nazaré, José Vaz, eleito pelo PS, sugeria uma intervenção mais dialogante e preventiva para evitar situações de ruptura. “O que vou dizer não significa que os vereadores estão contra o parecer jurídico mas estes casos que têm surgido parece que são tratados à partida com agressividade e má-vontade. Temos poucos espaços de lazer para jovens. Têm que estar dentro da lei mas incentivo para que possam ser tratados mais como parceiros”, apelava o vereador do PS no momento em que se debatia uma redução de horário para um bar da Gafanha da Nazaré.

A autarquia lembra que as reduções são penalizações temporárias e que é a forma regulamentar de tentar colocar o funcionamento de acordo com a lei. Para lá desta questão, o recurso final passará sempre pelos tribunais.


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