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31-08-2011

SCUT´s com quebra no tráfego de 52,2 por cento. População local reage ás portagens na zona de Aveiro.


As antigas auto-estradas sem custos para o utilizador (SCUT), perderam, num ano, até metade do tráfego que tinham no primeiro trimestre ...

As antigas auto-estradas sem custos para o utilizador (SCUT), perderam, num ano, até metade do tráfego que tinham no primeiro trimestre de 2010, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Infraestruturas Rodoviárias.

É o caso da concessão da Costa de Prata em que, de uma média diária de 45.798 viaturas, nos três primeiros meses de 2010, passou para 21.901 viaturas, no primeiro trimestre deste ano, já com o efeito da introdução de portagens.

Ou seja, no espaço de um ano, A25 e A29 registaram uma quebra total de 52,2 por cento no tráfego diário, indica o relatório do Instituto Nacional de Infraestruturas Rodoviárias (INIR).

Na Gafanha da Nazaré, a população escapou por pouco à cobrança de portagens no troço do antigo IP5 até Aveiro, percurso de utilização muito frequente entre as duas localidades. A Câmara de Ílhavo convenceu o Governo a recuar, já com o pórtico instalado. "Para a nossa população é mais rápida a ligação e a distancia é muito menor, demoramos cinco minutos a chegar a Aveiro", disse um popular.

Em Aveiro, ainda hoje, reina a insatisfação por ser necessário pagar o curto acesso a Taboeira pela A25 mas que evita trânsito na zona industrial e a vila de Cacia vive martirizada pelo trânsito desde há um ano.

Nem tudo são queixas. A fuga de tráfego para a Nacional 109 e IC2 deu vida nova a negócios antigos. A Norte, junto ao nó da A29, em Estarreja, a gasolineira mais próxima, viu regressar os clientes que evitam as portagens, sobretudo viaturas ligeiras. "Para o negócio foi bom, comercialmente foi vantajoso", disse o responsável de loja. As empresas transportadoras foram obrigadas a fazer contas à vida. As alternativas não portajadas têm outros custos, como lembra um camionista. "Demora mais tempo e tempo é dinheiro, o prejuízo é significativo, alguém vai ter de pagar", disse. A necessidade de poupar nas portagens acaba por levar muitos camiões pesados para a velha 109.


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