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29-09-2011

Teófilo Santiago feliz pela história da PJ em Aveiro. Pede meios no combate ao crime económico.


É mais uma voz a sugerir o investimento em meios de combate ao crime económico. Teófilo Santiago, responsável pela PJ de Aveiro, ...

É mais uma voz a sugerir o investimento em meios de combate ao crime económico. Teófilo Santiago, responsável pela PJ de Aveiro, lembra que este tipo de crime exige uma investigação mais apurada. Diz que é de interesse nacional travar o chamado crime económico, que está, por natureza, escondido. Opinião de Teófilo Santiago, assessor de investigação criminal da Polícia Judiciária, que há 25 anos ajudou a fundar a PJ em Aveiro.

Os crimes de colarinho branco exigem mais meios, defende o coordenador da PJ de Aveiro, que teve a seu cargo o mediático processo FACE OCULTA, já com inicio de julgamento marcado para Novembro. “Tem que se fazer um forte investimento no combate ao crime económico porque isso é de interesse nacional. E não é razoável que a justiça se vá desprestigiando porque cada vez mais ouvimos as pessoas dizer que há uma justiça para os ricos e outra para os pobres ou justiça com dois andamentos”, adianta Teófilo Santiago.

O antigo responsável na década de 90 pela Direcção Central de Investigação e Combate à Corrupção e Criminalidade Económico-Financeira compreende algumas reservas da opinião pública com o desfecho de certos processos.

Teófilo Santiago, à margem dos 25 anos da instalação da PJ em Aveiro, onde foi o primeiro director e liderou, entre outras investigações, o processo de contrabando Aveiro Connection que daria origem também ao caso dos perdões fiscais de Oliveira e Costa, então secretário de Estado, à fábrica Campos.

Nos 25 anos da presença da PJ em Aveiro, tempo de balanço à actividade desenvolvida. A PJ levou a cabo 28.436 investigações. Tem 360 por concluir. Fez 2.274 detenções, 141 dos quais por homicídio. Apreendeu quase 22 toneladas de droga. Actualmente desempenham funções policiais na PJ de Aveiro 64 pessoas.

Teófilo Santiago recorda o convite para ajudar a instalar a PJ em Aveiro. Diz que era um jovem mas que olha com orgulho para a obra feita. “Em 1986 havia crime violento com assaltos à mão armada e alguns homicídios que tinham também a ver com zonas escuras da cidade e prostituição. Havia essa necessidade abrir o departamento onde havia crime mais visível. Aveiro era uma zona com potencialidade económica pouco comum. Fui surpreendido porque eu era novo. Tinha 6 anos de polícia e foi uma grande consideração quando o Director Nacional, José Marque Vidal, me disse que gostava que eu viesse. Fico satisfeito quando dizem que foi aposta ganha. Mas não foi em mim. Foi em todos os que aqui trabalham. Este departamento continua a ser emblemático da PJ”, adianta Teófilo Santiago.


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